indecisão.

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Anastásia

Passei o dia pensando se devia aceitar
Joseph é um desconhecido mas ele é rico
Caralho!
Eu não devia pensar no dinheiro
Pensando bem, só existem benefícios, ele consegue o que quer, o cargo.
E eu consigo passar um ano vivendo longe da bagunça da minha vida.
Não sei o que fazer, ainda não me levantei da cama e já passa da hora do café da manhã.
Eu vou aceitar, preciso agir no impulso e na emoção, a razão me prende e eu nunca tomo decisões boas, apenas decisões sensatas.

Pego o celular e ligo para Oliver, o celular chama quatro vezes até ele atender.

- Finalmente atendeu.

- Está tudo bem?

- Eu aceito a tal proposta, desde que eu possa levar minhas tralhas..

- Tralhas? Acha que suas tralhas vão passar pelo portão da casa de Joseph? Desapega Ana.

- Nunca! Se eu não puder levar, eu também não posso casar.

- Tá bom, eu dou um jeito, vou providenciar sua mudança, arrume tudo até sábado.

- Ok, meu Deus nem acredito no que estou fazendo

- Espero que não desista na hora do "sim"

Rio e Oliver desliga o telefone, ele sempre faz isso.

Decido arrumar minhas coisas.
Abro a mala que está empoeirada no canto do closet.
Começo a arrumar tudo dentro da mala e acho uma foto da minha avó
Eu desabo em lágrimas, sinto tanto sua falta...

Joseph

Estamos em frente ao prédio onde provavelmente Sarah está.
Bryan não foi localizado, ele sempre foi um fantasma, sumia e aparecia quando queria e ninguém nunca conseguia achá-lo quando precisava.
Me pergunto o motivo desse idiota ter matado o próprio pai, a preço de que?
Meu pai não deixou nada para Bryan, ele não é filho do meu pai, e nem o nome do meu pai está em seus documentos.
Ele é filho da minha mãe, ela adotou ele sem a autorização do meu pai, e meu pai simplesmente decidiu que nada que era dele um dia seria de Bryan

-Entrei lá e perguntei se alguém a tinha visto, - Simon aparece na janela do carro - ela saiu faz vinte minutos, parecia estar com medo de algo.

- Eles tem noção de onde ela foi?

- Não, mas ela deixou um número de telefone.

Dirigimos até a lanchonete mais próxima, entramos.
Nos sentamos e Oliver como sempre pediu um lanche, ele sempre está com fome quando estamos resolvendo algo.

Simon começou a tentar rastrear o telefone para que nós tivéssemos a localização dela em tempo real, mas eu queria que ligar para ela, tentar manipular ela.

Anthony esta nervoso, ele não se sentou está com as mãos sob a mesa inclinado na direção de Simon olhando fixamente para o notebook.
Eu não paro de pensar, se acharmos ela eu vou ter que matá-la e eu na verdade não queria.

- Ela está indo para Rousky, porque ela iria pra lá? Lá é onde a torre fica, ela tá mesmo querendo morrer?
Simon diz nos mostrando a localização.

- Dane-se se essa vadia quer morrer ou não, não é ela quem vai decidir isso, vamos eu preciso quebrar o pescoço dessa maldita!- Anthony alterado sai da lanchonete e Simon o segue, eu e Oliver nos encaramos por alguns segundos
Ele não para de comer.

Quando saímos eles já tinham ido, e agora eu vou precisar correr para alcançá-los.
Dirigimos pela avenida, a forma mais rápida para chegar em Rousky
Ultrapasso os carros e entro na frente deles, sem medo de morrer.

Conseguimos chegar antes deles.
Assim que descemos do carro Sarah estava de pé em frente a torre, chorando.
Oliver correu e a agarrou.

- Defunta!!- Ele gritou e sorriu. - Tem noção do que fez?

- Oliver por favor me solta!- Ela se debateu nos braços de Oliver tentando se soltar
Eu me aproximei e encarei seu rosto, lembrei de tudo o que vivemos, as memórias vieram como um flash, lembrei do dia que ela resolveu sumir.

Anthony chegou e correu até Sarah ele acertou o rosto dela fazendo-a cair no chão.
Eu não podia defendê-la, eu estaria traindo minha família, minha máfia.

Anthony gritava perguntando pra ela o motivo dela ter feito aquilo.

- Onde o Bryan está?!- Anthony gritou e chutou a costela de Sarah pela segunda vez.
Eu odiava agressões contra mulheres, mas quando a mulher "merece" apanhar eu não posso fazer nada.

Simon e Oliver nem se movem, sabem que se tentarem interferir podem apanhar também.

- Eu não sei!- Ela gritou e se contorceu, a dor em seu rosto era visível.

- Ah tá transando com o irmão do seu ex noivo que você largou sem explicação e ainda quer protegê-lo?- ele a chuta de novo.

Ela não consegue mais falar, a dor está consumindo ela aos poucos.

- Chega Anthony.

- O que? Quer que eu pare? Nunca Joseph! Eu vou matar essa vadia!- Ele a chutou novamente.

- Se matar ela, não vai ter o Bryan, prendam ela é deixe ela agonizar sozinha.

- Eu pensei que me amava Joseph, não é justo, por favor...

- Eu amei você até descobrir que você forjou sua morte, vagabunda!- Estou com tanta raiva que poderia estourar a cabeça dela no murro.

Ela ficou calada e apenas se encolheu no chão

- Pode deixar, eu prendo ela.- Simon diz. - Vocês vão acabar matando ela se ficarem mais alguns minutos aqui.

- Acho melhor também. - Digo e entro no carro, Anthony e Oliver entram também, levo eles para minha casa.

Quando chego Clarita está fazendo Liesel dormir enquanto come pizza.
Estou tão confuso que nem tenho fome.

Oliver senta no sofá e acende um cigarro, puxa a fumaça para os pulmões e a solta.

Anthony esta sentado também, cobrindo o rosto com a mão, não consigo imaginar sua raiva e acho que nem quero.
O silêncio é ensurdecedor, Clarita colocou Liesel no bebê conforto e começou a ler seu livro, ainda comendo sua pizza.

Não sei o que dizer, nem o que pensar.

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Você Me Consome ( EM ANDAMENTO)Onde histórias criam vida. Descubra agora