manhã feliz?

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Joseph.

Ainda não consegui dormir, Ana tagarelou a noite inteira, imaginar que apenas algumas taças fez esse estrago é muito engraçado.

Ela está vomitando enquanto chora e se desculpa.
Minha mãe está assistindo e parece estar se divertindo muito.
Já eu estou segurando o cabelo dela e implorando que ela cale a boca e só termine de vomitar.

Minha mãe está ninando Liesel e Clarita dando banho na Ana.
Se eu ligasse para Oliver ele me mataria por ter deixado Ana na situação em que se encontra, mas nós somos adultos e eu sinceramente não imaginava que ela ficaria assim.
Acho que foi irresponsabilidade dela, não minha, ela não tem cinco anos de idade.

O raios do sol atravessam a janela
Sinto o calor do sol batendo no meu rosto, e ao mesmo tempo o vento frio.
Puxo a coberta e cubro meu rosto.
Odeio manhãs, sou tão acostumado a dormir tarde e acordar tarde que nunca vejo as manhãs e acordar de manhã pra mim se tornou ridículo pra mim.

Me lembrei da Sarah e joguei o edredom pra longe, lembrar dela me faz  querer morrer e apartir de hoje pretendo mantê-la longe da minha vida e principalmente dos meus pensamentos.

Me levanto e desço para a academia.
Resolvi fazer a cardio na esteira.
Correr me faz parar de pensar e é óbvio  que eu vou correr até não poder mais pensar de tão cansado.

Depois de vinte minutos correndo, Clarita apareceu na academia.

- Jô, você acordou muito cedo, está tudo certo?

- Está sim, fique tranquila.- digo e paro de correr me sentando em um banco.

- O café está pronto, e o Anthony está aqui, ele disse que é urgente.- Ela diz e sai.

Me levanto e vou para o banheiro da academia, uma ducha antes de ouvir o Anthony vai me trazer paz para suportá-lo.

- Finalmente Joseph, esperei por horas.

- Só se passaram dez minutos, dramático.

Me sento na mesa e me sirvo com suco de maracujá.

-Ana ainda não acordou Clarita?

- não, está dormindo como uma criança.

Sorrio e beberico o suco.

- Ana? O que foi que eu perdi?

- Minha noiva.
Ele se engasga com o pão que estava comendo, me encarou por alguns segundos parecia estar chocado.

- Você tem certeza que tem psicológico para casar?

- Você falando de Psicológico? Acho um pouco hipócrita da sua parte.

- Casamento é sério, não é brincadeira.

- Sério Anthony? Você matou a Quinn, e ela nem te traiu, quem precisa de terapia para se casar é você.

Ele ficou calado e apenas me encarou.

- Sarah disse que Bryan pode ter ido para Paris.
Direcionou o olhar para Anthony.
- Pelo visto, seu casamento vai ser em Paris.

- Ela disse "pode ter" não é certeza.
Quanto mais eu quero tirar meus pensamentos dela mais ouço sobre ela.
Demônia.
Anthony sorri.

- Acho melhor você conversar com sua Defunta.

- Se você não pode fazer isso chame o Simon ou o Oliver.

- Simon está viajando a negócios com Samantha e Oliver.. não o vejo tem alguns dias.

Claro, Oliver está cuidando do meu casamento e Simon cuidando do que eu não posso cuidar no momento.
Odeio não poder fazer o que eu quero, isso me deixa com um sentimento de incompetência.
Anthony não para de falar, Sarah pra cá, Sarah pra lá.

Eu não vou ter coragem de matá-la.

- Chega Anthony, eu vou ver essa mulher. Tirar algo dela.

- Finalmente! O chefe sendo o chefe.- Ele se levanta e caminha em direção a porta.- Ela está no galpão 045, resolvi que seria melhor deixá-la longe de tudo.

Respiro fundo, tenho que estar pronto para enfrentar o grande amor da minha vida.
Sinto que não vou conseguir tratá-la da forma que preciso, tenho medo de escorregar e abraçá-la, trazê-la de volta para a minha vida e me casar com ela.
Não Joseph, que merda.
Pensamento de bosta.

Ana desce as escadas cambaleando.

- Eu preciso muito de água.- Ela se senta e pega a jarra.
Ela bebe dois copos de água de uma vez só.
- Meu Deus onde eu tava com a cabeça.- ela fala cobrindo o rosto com as mãos.

- Talvez você precise pedir perdão por ter vomitado no vestido da Olga e por ter acidentalmente caído em cima de alguns dos meus tios.

- Merda, me perdoa, eu não imaginei que três taças me deixaria transtornada.
Ela se levanta e anda em passos largos para a parte de fora, onde fica a piscina.
Vejo ela falando ao telefone pelos vidros.
C

larita se aproxima e coloca a mão em meu ombro.

- Não se deixe levar pela Sarah, você sabe que por mais que ela tenha sido o amor da sua vida, você pode se apaixonar de novo. E pense nesse casamento como uma oportunidade para se apaixonar de novo.
Ela volta para a sala, me deixando sozinho com as palavras dela que repetem na minha cabeça várias e várias vezes.

Oliver me ligou, o sermão durou dois minutos.
Eu fiquei calado.
Ele e Ana são quase irmãos e eu entendo  a preocupação e não quero que ele pense que ela vai estar em perigo.
A confiança reina na máfia, a confiança é o rei e a desconfiem a rainha.
Tudo é baseado em dúvidas.
É até engraçado viver fingindo confiar em todo mundo.
Oliver buscou a Ana já tem alguns minutos, e eu nem sei o que ele pode falar pra ela, mas não posso me preocupar nem um pouco com isso agora, preciso falar com a Sarah, preciso descobrir onde Bryan está.
Todos do conselho decidiram que ele vai ser punido
Sei que você está curioso para saber como, mas ainda não é a hora certa.

Estou chegando no galpão, o caminho não é tão longo, mas foi o bastante para eu fumar quatro cigarros.

Assim que chego, desço e paro em frente ao grande portão.
As lembranças, os pensamentos.
Merda Sarah!!

Abro o portão e entro.
Já consigo vê-la daqui, mas ela está dentro da jaula, posso chamar assim? Talvez.

Me aproximo lentamente, ela está de costas sentada no chão com as pernas juntas ao corpo abraçando-as.

Ela nota minha presença e direciona o olhar em minha direção.

- Joseph, Joseph!!- ela se levanta e corre colocando as mãos no vidro e batendo nele.
O desespero está transparente em seu rosto.

-  Você tem certeza que não sabe onde o Bryan está?

- Paris, quer dizer eu acho que está em Paris, por favor me tira daqui, eu fui obrigada, eu nao queria.- Ela grita, chora.
Ela quer que eu a escute e eu quero escutar, mas eu não posso deixar ela me convencer.
- Joseph, olha pra mim! Suja, acabada, você não pode me deixar assim.

- Cala essa boca merda!- ela se encolhe.

- Por favor Jô, eu amo você! - Bato no vidro

- Calada! - começo a andar em círculos, estou nervoso e com raiva dela.
Não posso me dar o luxo de encara agora, não se eu quiser manter ela viva.

Você Me Consome ( EM ANDAMENTO)Onde histórias criam vida. Descubra agora