revelações.

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Joseph.

Podemos dizer que esse "jantar" está sendo pior que o primeiro, Olga como sempre com suas perguntas inconvenientes.
A jenesse está se oferecendo para todos como sempre, essa vadia nem parece ser casada.
M

eus melhores amigos estão tentando esconder o nojo mas é quase impossível.
Ana obviamente está tentando ser quem não é, o desconforto é visível em seu rosto cada vez que ela tentar ser ousada.
As mulheres da minha família tirando a minha avó são todas vagabundas.
Minha mãe principalmente, o luto dela durou uma semana, ela já está até saindo com outros homens, eu espero que seja a forma dela lidar com a morte do meu pai, caso não for, eu não vou permitir que ela enfie um homem na minha vida e tentar substituir o meu pai.
O Ramon nunca vai ser substituído, e muito menos esquecido.

- Ei!- Ana aumenta o tom de sua voz me tirando completamente dos meus devaneios.

- O que foi?- digo.

- Oliver disse pra ser convincente, me beija.

Me espanto com suas palavras, não imaginei que ela fosse agir assim tão rápido.

- Você tem certeza? Não quer esperar o casamento para ser convincente?

Ele me puxa para perto de si e me beija ferozmente.
Ana pode parecer uma santa, mas nem mesmo as putas com quem dormi beijavam tão bem.
Seu beijo é doce e suave como uma briga no verão.
Correspondo seu beijo, agarro sua cintura, pretendo prolongar esse beijo e com certeza vou precisar ser "convincente" mais vezes.

Ela se afasta e me encara, seu olhar é inocente.

- Caramba, não imaginava que seria assim.- Ela diz ainda segurando minha camisa.

- Assim como?- Digo puxando-a para perto.

- Foi.. legal!- Ela diz e se afasta indo em direção aos cães que são a minha família.

Legal? Foi tão ruim assim?
Pelo o que eu me lembre ninguém disse "legal" depois de me beijar.
Que absurdo, não consigo nem pensar direito depois disso.

Termino meu copo em uma só golada.
A indignação com certeza está estampada em meu rosto.

Vejo Ana contando a Oliver e ele me olha sorrindo.
Tenho certeza que foi esse maldito quem disse para ela fazer isso.

Ando até Samantha que está bêbada e precisa ser controlada antes que mande alguém ir para o inferno.

- Vamos Samantha. - Digo e agarro seu braço gentilmente.

- Eu não vou antes de colocar essa perua no lugar dela. - tento puxá-la mas ela tira a minha mão do seu braço.
- Quem você pensa que é para md chamar de prostituta? Que eu saiba quem abre as pernas para qualquer um em troca de dinheiro é você é é filha,
Awn que peninha delas, duas falidas que perderam tudo por causa da própria ganância.

- Vamos Samantha!

- Joseph se não calar essa mulher eu vou bater nela!- Emma diz.

- Ah, todo mundo quer me provocar mas não quer me ouvir? Que absurdo. - Emma defere um tapa no rosto de Samantha, ela só não sabia que a Samantha foi criada por um assassino e aluguel e que luta igual uma homicida.

Não consigo segurá-la antes dela ir para cima de Emma e agora o rosto dela está quase irreconhecível.
Ela ainda respira, mas com certeza não vai conseguir falar.
Minha linda família unida está gritando mas nenhum covarde vai se meter para ganhar uma surra gratuita.

Passo meu braço pela cintura de Samantha e a puxo, ela chuta o ar enquanto grita palavrões.

- Chega vamos embora!- Coloca ela no meu ombro. - Quando eu voltar eu espero que esse chão esteja limpo e não vai ser a Clarita quem vai limpar.

Jogo a Samantha em cima da cama dela.

- Você é maluca! Precisa se controlar!- Digo apontando o dedo para ela.

- Você precisa controlar sua família, você sabe que eu não sujaria minhas mãos se ela tivesse ficado quieta.- ela apoia o corpo sobre os braços.

- E o que ela disse?

- Não importa, Joseph!

Reviro os olhos.

- Vai se foder seu mafioso! Você já foi mais legal sabia?

- Dessa vez é diferente, agora eu vou comandar aquela porcaria, preciso da confiança deles, o pai da Emma é um dos integrantes do conselho.

- Você seria muito mais feliz..- Ela levanta e pega o vaso que estava no criado-mudo. - Se não se importasse só com essa droga!- Ela o arremessa na parede.
Seus olhos agora parecem ser uma cachoeira.

- Samantha, qual o problema? Você sempre esteve do meu lado e agora você fala isso? Porque fingiu gostar de tudo então?

- Merda! Como você pode ser tão burro?- seu choro agora é desesperador. - Você começou a namorar com aquela vagabunda escrota, mas era para ficar comigo! Eu estava do seu lado, ela só queria usufruir de tudo.

- Que droga..-

- Então eu tive que tirá-la do caminho.. - Ela diminui seu tom é seu semblante muda de desesperado para calmo. - Eu forjei a queda de um avião, espalhei em jornais... os cadáveres que encontraram na verdade.. é eu também forjei.- Ela gargalha e suspira, agora já não sei se ela está feliz ou triste.

Agora entendo o que ela queria dizer com " Me ameaçaram. "
Merda Samantha.

- E o que você pensa que eu vou fazer agora? Beijar você e dizer " Parabéns, você me deixou em uma situação terrível por quase três anos, vamos ser felizes para sempre."- meu tom é irônico. - Para existir uma relação entre duas pessoas ela não pode começar com mentiras, eu quero que você se foda!-

- Joseph, eu fiz isso por você, por nós..- Ela engatinha até mim e se levanta abraçando minhas pernas.

Eu a empurro e me afasto.

- Eu tenho nojo de você.

Saio da casa de Samantha e paro na porta depois de ter fechado a porta atrás de mim.
Se eu tivesse percebido antes nada disso teria acontecido, meu pai não estaria morto agora.
Mas a culpa não é minha se ela não consegue se expressar.

Você Me Consome ( EM ANDAMENTO)Onde histórias criam vida. Descubra agora