capítulo 01

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Não vou dizer que sou santa, nem perto disso.

Também não posso dizer que eu não tive alternativas, mas estou nisso pois a vida se encaminhou de me tirar quase tudo e de uma só vez e então uma opção rápida de ter alguns de meus problemas resolvidos foi a que me encontro.

Entro sozinha na boate e sinto os olhares das pessoas em minha volta. Mulheres admiravam meu vestido pink e certamente achavam que eu era uma vadia, não estavam erradas, mas não sabiam o quanto cara uma mulher podia ser. eu era desse tipo, cara e seletiva.

Passo no bar e peço um whisky, sei exatamente onde devo ir, mas prefiro não partir para meu alvo direto, sei como tudo deve ser, então vamos aos poucos.

Desço até a pista e danço sozinha por alguns minutos e os homens não demoram a aparecer.

Uns vinham e colocavam a mão em minha cintura e eu a tirava após olha-los.

Outros olhavam com desejo, ofereciam-me drinks. Uma forma clássica de alguns homens se aproximarem de uma mulher sozinha.

Vi meu alvo no meio de um camarote, o mesmo que fui avisada para procurar.

Um homem magro, 21 anos, cabelos curtos e de óculos olhava-me e sorria sem jeito.

Outros rapazes do camarote, viram eu aproximando-me e tentaram me tocar, falavam baboseiras e eu pensava se isso podia atrair alguma mulher, eu os dispensei como se não fossem meu tipo, e realmente não eram, porém eram homens lindos e fortes que qualquer mulher se derreteria para dar à qualquer um deles, mesmo sem conteúdo, às vezes, mulheres procuram apenas diversão e não o pós cama, muitas pensam que isso faz parte, mas posso dizer com certeza, nem sempre um homem bom de cama é bom de papo, e isso geralmente não andam juntos. Então, eu estava ali á trabalho e eles não faziam parte do pacote, Dirijo-me para perto de meu cliente.

Sorrio para o rapaz de óculos, seu tipo físico era de pouca musculatura, um "nerd" certamente. A música alta era um bom acessório para que ninguém ouvisse nossa conversa.

Eu o olho como se eu estivesse interessada, todos olham sem entender.
Ele se aproxima e sorri ainda com as mãos no bolso. Falo perto de seu ouvido.
- Tenha atitude, confiança Carlos.
Ele olha-me e eu lhe lanço um sorriso.
Carlos vem ao meu ouvido.
- O que devo fazer?
Enquanto ele falava eu via os homens e mulheres a nossa volta olhando intrigados.
- Primeiro tire essa mão do bolso e passe por minha cintura, e puxe-me para você. Sorria enquanto falar comigo e sempre que puder Olhe em meus olhos. Agora venha ao meu ouvido como se estivesse me cantando, aproxime-se de meu corpo, o contato físico é muito importante se quer impressionar, mas com segurança.
Carlos faz exatamente o que eu o instruí.
Sua postura era ainda um tanto insegura, mas para isso eu estava aqui. Eu iria passar a imagem de um homem interessante e que atrairia uma mulher como eu.
-Assim Pâmela? - Sua mão levava-me com delicadeza até ele.

Passo minha mão pela lateral de seu rosto como se o mantivesse ali e estivesse gostando de ser cantada por ele. Quem Olhasse diria que eu estava gostando da cantada e percebo que estamos chamando a atenção.
-Agora me chame para dentro do camarote. - lhe digo.
Ele olha para um lado e para outro, volta a falar qualquer coisa que não entendi, eu apenas concordei com a cabeça, eu sabia que eu arrumaria qualquer coisa que desse errado.

Seus "amigos" faziam caras... percebi que em muitos murmúrios saia "que mulherão", e isso deixou-me satisfeita.
Carlos guia-me para dentro do camarote, ficamos mais próximos da parede.
Ele mantém sua mão em minhas costas e depois de alguns segundos ele volta a falar em meu ouvido.
- Não sou de dançar.
- Não vamos dançar, vamos ficar entendeu? Agora vire-se coloque as mãos na parede deixando-me entre elas e me encare. Como se eu fosse algo que adoraria ter.
Ele faz e sem nenhum jeito, claro que para as meninas que nos olhavam era interessante, mas eu conhecia da vida e sabia que aquilo era muito fraco para me impressionar.
Sorri e fiz que estava com vergonha, quando vi que ninguém estivesse olhando o puxei para um beijo quente.

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