Capítulo 04

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Meu corpo está levemente dolorido, acredito que muito mais pela tensão do momento que pelos movimentos feitos entre nós dois.

Levanto-me e faço minha higiene matinal e então me dou por conta do horário.

-Droga! Dez horas. -Mas também ele inventou de fazer aquele circo depois das cinco da manhã, pelo menos não serei somente eu a atrasada.

Coloco uma calça jeans e uma blusinha lilas, um tênis e meu cabelo preso em um rabo de cavalo.

Gosto me vestir bem e simples quando estou em meu dia a dia, mas sem descuidar de nada.

Saio do quarto e sigo o aroma do café que vem da sala, Enrico estava já, com seu café e um jornal nas mãos.

-Bom dia. -Digo e fico ao seu lado.

-Bom dia Diana, -ele diz sem tirar os olhos do jornal. -Sente-se e tome seu café da manhã.

-Geralmente não como de manhã, vou aceitar um suco.

-Você vai precisar de mais do que suco para se manter ao meu lado por esses oito meses, -ele baixa o jornal e olha-me com um sorriso safado. -Acho que lhe demonstrei isso ontem!

Ele volta a olhar para o jornal.

Sorrio.

-O que tem de engraçado nisso? -Ele pergunta.

-Apenas que você, assim como tantos outros acha que é o melhor.

-Posso não ser o melhor, mas faço muito bem minha função. -Ele dá uma pausa. -Ou não?

A pergunta de Enrico foi um misto de seriedade e de tentativa de me deixar sem jeito.

-Em termos. -falo sem o olhar, ele foi divino, mas esse cretino se acha e não quero inflar ainda mais seu ego.

Ele sorri e vejo que está se divertindo com aquilo.

Uma mulher de seus quase sessenta anos entra na sala com uma jarra de suco de laranja.

-Bom dia Dona Diana.

-Essa é a Célia, -ele diz e sorri para ela. -Minha secretária particular.

Eu sorrio com o termo.

-Pare com isso Enrico. -ela dá um tapa em seu ombro e vejo a intimidade dos dois.

Ele dobra o jornal e o coloca ao lado da mesa.

-Trabalho aqui desde que esse moleque tinha oito anos, então, o conheço bem de mais, mas não tenho nada de secretária, só se for do lar.

Ela tinha um sorriso alegre e contagiante, era possível ver que Célia gostava de verdade desse cretino,

-Prazer Célia.

-Ele me contou que ficaram noivos! -Ela une as mãos em sinal de oração. -e eu nem sabia que estava namorando.

-Ele é cheio de surpresas. -digo sorrindo.

-Estou tão feliz queridos, Dona Diana o que precisar de mim é só falar!

-Preciso que me chame somente de Diana. -Ela acena positivamente com a cabeça, então sai e nos deixa sozinhos mais uma vez.

-Célia é importante para mim, desejo que sempre a trate assim. -ele diz tomando seu café.

-Não tem o por que ser diferente, ela é um doce, pelo menos foi a forma como me recebeu.

-Se já está pronta, pegue suas coisas que vamos sair.

-Onde vamos?

-Maisson.

-Eu falei apenas para parecer mais convincente, não precisa gastar naquele lugar, eu sei o quanto é caro.

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