Capítulo 25

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DIANA

Minha cabeça está levemente zonza, não consigo abrir meus olhos, mas sentia o balanço do barco.

Lembrava de muito da noite anterior, das risadas, das taças de champagne, e de Tzeen como nos velhos tempos.

Existe uma leve brisa que percorre meu corpo, o cheiro de maresia é tranquilizador, o aconchego do dos lençóis e a paz que sinto me leva a imagem de Enrico trazendo-me para seu peito, e acariciando minhas costas.

Sinto falta de seu calor de seu beijo...

Meus olhos insistem a permanecer fechados, e busco um pouco mais dele, de seu toque de seu ar.

Suas mãos envolvem minha cintura e puxam-me para cima dele. Elas deslizam por minhas costas e nossos lábios se tocam com a delicadeza do amor.

-Sheik, o senhor Theo já está a bordo!

Ouço o anuncio por uma voz masculina que desconheço, o que me arranca do delírio e me transporta a verdadeira realidade.

Salto da cama com um pulo e vejo Tzeen deitado a cama olhando-me sério.

-O que Theo faz aqui? –Tzeen não se move apenas fixa seu olhar. –O que eu estou fazendo ainda aqui? O que aconteceu esta noite? –Percebo que estou apenas de camiseta e que estava em seu peito.

Ele senta-se e leva a mão em meus cabelos tentando acariciar-me.

Vou para trás e o olho.

-Fique tranquila, não aconteceu nada de mais. – seus olhos estão com um brilho diferente do que havia quando cheguei. –Não iria fazer nada com você naquele estado. –Mais uma vez ele tenta me afagar, mas agora sua mão acaricia a minha.

-Tzeen, me explique, por favor!

-Minha flor de lótus, você bebeu muito, nós bebemos muito, conversamos quase a noite toda, você lembra até que parte?

-Lembro de falarmos de nossa infância, de como foi dura a perda de seu pai e de como você teve que assumir os negócios da família.

-Lembra de quando dançamos antes de você... –Ele se aproximou e arrumou meu cabelo para trás da orelha. –Vomitou? –Havia um doce sorriso em seu rosto.

-Vomitei?

-Sim, por isso levei você ao banheiro e lhe banhei, lhe dei minha camiseta, mas não quis vestir-lhe mais do que isso, não sei o quão forte eu conseguiria ser.

Agora Razeen estava mais perto, sua respiração levemente alterada e seus olhos tinham desejo e aquilo fez algo em mim tremer.

-Você vai ter que me dar os parabéns por ter me comportado tão bem e apenas ter dormido com você em meu peito.

-Sempre foi um cavalheiro. –Disse olhando em seus olhos. –Eu realmente esperava outra coisa, mas fico feliz que tenha sido assim.

-Você esperava que tivesse sido diferente ou queria Diana? –Tzeen passa a mão em minha cintura de uma forma tão delicada e sedutora e sua voz parecia cheia de encantamento. –Preciso confessar que não fui tão correto assim, não contive um beijo, mas nem de perto foi o que eu queria lhe dar.

Aquela atmosfera não era propicia à alguém que amava outra pessoa e eu amava Enrico. Coloco minhas mãos em seu peito e me afasto.

-Não lembro de beijo nenhum e de mais a mais, Razeen estou com o...

Antes que eu pudesse terminar a frase, Razeen pega-me pelo braço e com força me trás de encontro ao seu peito uma das mãos me manteve junto de seu corpo, em minhas costas e a outra tomou meus cabelos rapidamente direcionando me meu rosto ao seu, sua boca tomou a minha de uma forma tão intensa e forte que se senti verdadeiramente nua em sua frente.

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