capitulo 03

341 47 12
                                    

São cinco da madrugada e sinto meu corpo quente. Dormi só de camiseta, mas isso não bastou.

Levanto-me e ando pelo quarto, aquele ambiente estava me deixando desconfortável.

Calço meu chinelo e saio no corredor, a porta de Enrico está entre aberta e há um escuro vindo de lá.

Sigo para a sala e resolvo beber aquele vinho. Sirvo e faço o mesmo que ele, vou sentar-me na sacada.

Vejo são Paulo antes de amanhecer e entendo um pouco do que eu estava sentido, aquele ambiente me remetia a um passado que eu queria manter longe de mim. Eu sabia que eu iria ter muitas de minhas lembranças afloradas e aquilo poderia ser dolorido, mas eu era forte e conseguiria enfrentar meus medos.

-Perdeu o sono? –A voz de Enrico atrás de mim faz com que eu tenha um sobre salto.

-Digamos que sim.

-Não bebe em serviço, mas na madrugada? –ele sorri, Enrico se apoia contra a janela da sacada, o infeliz está novamente de bermuda apenas.

-Desculpa, mas como estava ali sobre a piá, -penso que ele pode estar me testando para me conhecer melhor, se eu baixar a guarda,pode ser que sempre queira ter o domínio de mim. –Mas acredito que você não tenha acordado para saber se sua "noiva" está bebendo ou não.

-O que te fez perder o sono? A cama não estava confortável? –Ele sorri.

-Na realidade não, a cama estava boa, tão confortável quanto a minha, porém a sua não é king.

-A sua é king? –Ele levanta as sobrancelhas.

-Enrico, sou uma mulher normal na maioria das horas e para seu governos, contratou uma acompanhante de luxo e não uma qualquer. Meu trabalho é caro, e isso me garante alem do custeio de meus estudos, uma vida confortável, sem luxos mas confortável.

Ele sorri.

-Você é bem articulada e também topetuda, já percebi. Ele pega minha taça, bebe de meu vinho e coloca a taça ao meu lado novamente, Enrico entra na sala e para-se de costas para o sofá. –O que me intriga é esse seu conhecimento sobre muita coisa.

-Uma mulher não pode ser estudada?

-Estudo é uma coisa, vivencia é outra.

-Ainda precisa de mim ou estou novamente dispensada?

Ele sorri.

-Acredito que eu queira saber se o que viu no meu banheiro te fez tanto bem a ponto de correr para seu chuveiro e fazer o mesmo.

Eu o olho atônita. Ele havia me visto lá, e ainda foi ao meu quarto e me viu masturbar-me, cretino!

-É assim que fideliza seus clientes Pâmela? Analisando-os e depois deixando-s sozinhos? -Ele se vira e encosta-se no sofá. -Já vi Diana em ação e realmente me surpreendi com sua finesse, mas nesse momento não estou pensando na "Lady"...

Vou até ele, deixo a taça sobre a mesa que está atrás de mim e então ainda de costas retiro minha camiseta e atiro sobre o sofá.

Viro-me e o vejo me comendo com os olhos.

-Não Enrico, é a partir desse momento que fidelizo meus clientes.

Abro meu sutiã entre os seios e retiro-o de uma vez expondo-me em sua frente, vejo sua boca abrir e novamente fechar, ele engole seco.

Minhas mãos percorrem seus peito nu e Enrico olha-me com seu habitual sorrisinho de escárnio. Aquilo quase tirou minha paciência, mas em fim, prossegui.

MerlotOnde histórias criam vida. Descubra agora