Capítulo 02

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Acordo cedo e vou tomar banho, hidrato-me, coloco uma roupa e saio sem café, não sei se algum exame irá necessitar estar em jejum, então me antecipo.
Entro no laboratório e me apresento, a mulher disse que a secretária do senhor Santinni havia avisado que eu iria, então já estavam me esperando.
O filho da mãe é controlador também.
Exame de sangue e urina, havia uma médica ginecologista, fez meu preventivo e conversamos sobre anticoncepcional, logo fui liberada.
Aquilo era um abuso, mas eu topei entrar nesse esquema, então nenhuma palavra iria dizer sobre isso.
Vou a uma cantina tomar café, estava com muita fome.
Peço uma taça de café com leite e uma torrada.
Termino meu café, pago e saio.
Chego em casa e meu telefone toca.

"Tudo certo com os exames, preciso do contrato assinado.
Pensou em como melhorar nossa " postura"?
Aguardo o contato".

- Controlador! ridículo! ímbecil!
Ele acha que vai me intimidar, mas não vai mesmo.
" Bom dia para você também senhor Enrico.

Sim, fiz os exames cedo e isso facilitou as coisas. Quanto ao contrato, acabei de entrar em casa, logo por isso não enviei.
Quanto a melhorar nossa postura, eu estou tranquila quem não está acostumado a lidar com uma mulher de verdade é você, senhor.
Mas não se preocupe, saberei lhe orientar. Me avise o horário que seu motorista ira me pegar.
Até amanhã. " .

-Palhaço.

Ele vai ficar me sacaneando, mas esse jogo pode ser jogado a dois.
Minutos depois meu celular recebe um novo e-mail.

"Esteja pronta as 20:00"
Resolvo responder.

"Obrigada, tenha um bom dia!"

Este homem é intragável.
Aproveito meu dia para colocar em ordem tudo, fui a faculdade e tranquei minha matricula, poderei retomar em até dois anos, mas essa não é minha intenção.
Vou comprar algumas roupas e fazer uma hidratação em meu cabelo na minha cabeleireira de sempre.
Depilação, mãos e pés em dia.
Lembro-me do que o safado disse, o motorista pegará minhas coisas, irei ter que organizar algumas malas.
Separei roupas, sapatos, algumas maquiagens e uns livros.
Dormi lendo o tal contrato.
Quando acordo minha porta está quase sendo posta a baixo, vou até lá e é Renata, uma amiga e colega de faculdade.
- Como assim você trancou a faculdade? Esta louca?
- Bom dia! - Falo tentando ser educada, mas meu humor não é dos melhores. - tranquei e vou deixar a chave do apartamento com você, se puder abrir para ventila-lo as vezes agradeço.
- Que malas estas?
- Vou viajar, resolver uns assuntos, no próximo semestre busco o atraso, é importante, se não, não o faria.
Somos amigas desde o início da faculdade, Renata sabe o que eu faço então não há em lhe contar.
- Noiva? ? Você está louca?
- É um serviço como qualquer outro, só o cara vai dizer isso depois diz que terminamos e tal, mas só! A grana é ótima!
Conversamos quase toda a tarde, Renata ficou de cuidar das coisas na minha ausência.
Quando Renata vai embora já são seis horas e preciso me apressar.
Entro em um banho, escolho a roupa que irei usar.
Só que será em outro restaurante, mas acredito que de mesmo estilo, opto por um vestido preto, reto e com detalhes em branco. Uma renda delicada recobria o colo e se tornavam mangas. Nas costas um leve decote.
Fiquei elegante, como era um tecido que marcava o contorno de meu corpo, não havia como dizer que não ficou sexy, mas de extremo bom gosto. Meus sapatos pretos salto agulha era o que faltava para completar o look.
Uma make leve, mas com contornos fortes nos olhos, batom suave e meu perfume Miss Dior. E então voilà! Saindo uma noiva de classe!
Olho no espelho e fico feliz com o resultado.
Levanto meus cabelos em um penteado que deixada solto a parte de trás, fios longos e ondulados.
A campainha toca e olho para o relógio, pontualmente oito horas.
-Pelo menos o cretino é pontual!
Abro a porta e vejo um homem de uns 38 anos, bem alinado em um termo, cabelos escovados.
- Boa noite, senhorita Diana?
Eu só ouvia meu nome na faculdade, era estranho ouvir na boca de alguém envolvido em meu trabalho.
- Boa noite.
- Meu nome é André, sou motorista do senhor Enrico.
- Boa noite, entre e fique a vontade.
- As malas estão prontas? - André era cordial, muito mais educado que o imbecil do Enrico.
- Sim, se quiser pode levá-las.

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