Capítulo 08

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DIANA

"Flores... muitas flores. 

Havia um campo e eu corro entre elas, eu buscava rostos familiares.
- Ia habib aqui! - Minha mãe acenava em um ponto do campo e eu fui em sua direção.
Quanto mais eu corria, Maria longe parecia vê-la.
- Mamusca?
- Você nos deixou para trás! porque minha Ia habib?
- Não mãe!
Minhas pernas continuavam a buscá-la, eu a escutava chamando meu nome e cada vez sua voz era mais distante.
- Diana... Diana...
Então a vejo se abaixar entre as flores, corro o mais rápido que pude e de repente o chão me falta e eu caio em um vazio.
- Ahhhh. "

- calma! -Ouço a voz de Enrico. -tentei lhe acordar, estamos pousando, mas vocês estava em um Sono tão profundo. –Ele tem um braço envolvendo meus ombros.

- Acho que estava muito cansada.
- Terei que pegar mais leve com você? - Eu o olho e vejo um sorriso delicado em seus lábios. - coloque o sinto, sim?

Sua voz era tranquila o que estranhei, Enrico estava diferente, mas calmo.

Pousamos com tranquilidade, ele se levanta e me oferece a mão.

-Obrigada, mas não precisa. –Digo colocando-me em pé.

-Como está o tornozelo?

-Bem melhor, obrigada por perguntar.

Ele encara-me e pega uma bolsa no compartimento sobre nossas cabeças.

-Seu Enrico, -André fala atrás de nós. –Quer que eu guie?

-Não André agora é comigo.

Entramos em uma caminhonete cabine dupla e seguimos viagem. Chegamos a fazenda em pouco mais de uma hora, era uma sede bonita, com um belo campo em sua frente até chegar a casa, no caminho dentro da fazenda um homem de seus cinquenta anos nos acena.

-Oh Seu Enrico, que bom vê-lo por essas bandas!

-Como estão por aqui seu José?

-Tudo bem, um probleminha aqui outro ali, mas nada que não desse pra resolver.

-Certo! Vou chegando depois nos falamos e o senhor me explica novamente.

-Tá certo patrão!

Enrico acelera em frente e logo estamos na casa.

-Vou descarregar a bagagem. –André diz.

-E eu te ajudo. –Valéria sorri para ele.

-E eu ajudo vocês! –Falo e pego uma mala na caçamba.

-Você vem comigo. –Enrico diz e Val dá de ombros sorrindo.

-Certo. –Digo e vou atrás dele.

Enrico entra um pouco na minha frente, eu fico admirando a beleza do local.

-Enrico! –A voz feliz de uma mulher , seu som mostrava que era alguém que tinha ficado muito admirada ao vê-lo.

Era uma morena de cabelos crespos, meio desalinhados, ela era bonita de corpo e também de rosto, porém seu olhar ao me ver me mostrou algo sombrio.

Seu sorriso se desfez de imediato.

-Elisa! Já faz tanto tempo, um ano e pouco.

-Sim. –Seus olhos estão em mim. –Faz muito tempo, podia ter avisado que viria!

-E perder essa recepção? –Ele sorri.- Jamais! Onde está dona Maria?

-Vem de manhã. Estou com a janta pronta.

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