Kate
-E depois nós ficamos de castigo por uma semana, vocês tinham que ver, foi hilário. - Patrick ria enquanto contava uma de nossas aventuras de adolescência. Ele já tinha bebido demais.
-Hum, mas o que vocês tinham ido fazer naquela ilha mesmo? - Perguntou Neal pegando a garrafa da mão do Patrick e bebendo um gole.
-Acontece que aquele idiota ali. - Apontou para o Caspian. - Comprou um mapa de tesouro falso de um marinheiro de Tortuga.
-Okay, eu posso até ter comprado, mas a ideia foi do toda do Erick e do Sebastian. - Caspian riu e foi a minha vez de beber um gole do meu rum.
-Alias, já que você ficou aqui por todos esses anos, você chegou a ver o Sebastian de novo? Disseram que ele mudou de lado ou alguma coisa do tipo. - Perguntei e Caspian engoliu em seco.
-Não, na verdade...
-Mãe! Pai! Roland! Pessoal! Vocês tem que ver isso aqui! - As crianças entraram na sala do capitão gritando esbaforidas e todos nos entreolhamos e nos levantamos para segui-los.
-Não deviam estar na cama? - Questionou Roland.
-Agora não, Roland, é sério. - Cora o puxou pela manga da camisa e todos os seguimos até a borda do navio onde nos debruçamos e vimos diversas figuras brancas e borradas, flutuando na água do rio com diferentes expressões, algumas de pavor e dor, outras apenas pacíficas. Alguns nem tinham expressão, o rosto havia sido fraturado por alguma coisa.
-Eu já vi isso antes, no Rio das Almas. São espíritos. - Disse Henry.
-Rio das Almas? - Perguntou Drizella.
-É, a diferença é que esses não parecem condenados ao sofrimento eterno. - Drizella continuava olhando-o sem entender. - Longa história. - Deu de ombros.
-Credo, arrepia até a raiz do cabelo. - Comentou Natasha.
-O que acontece se jogarmos alguma coisa neles? - Cora olhou animada para o Lucas que sorriu.
-An an, nem pensar. - Disse Roland segurando a irmã, fazendo-a bufar e cruzar os braços desgostosa.
-Melhor deixá-los em paz. - Disse Jack com uma mão sobre o ombro da Ella.
-Então é para cá que eles vem... - Comentou Patrick boquiaberto.
-O que quer dizer? - Perguntei.
-Não se lembra das histórias? Papai contava que esse foi um dever dado ao Davy Jones pela Deusa Calypso. Levar aqueles que morrem no mar para o outro lado.
-É, é o dever do meu pai agora. - Disse Caspian. - Um dia na terra, dez anos no mar. Um preço alto a se pagar pela vida eterna. - Deu de ombros.
-Eu quem o diga. - Disse Rumplestiltskin do outro lado e só então eu notei sua presença, desde quando ele estava ali?
-Agora vem os barquinhos. - Lucy apontou para alguns barcos a remo que vinham em nossa direção, todos com um lampião aceso e uma pessoa a bordo.
Patrick começou a tirar uma arma do coldre, mas eu o impedi:
-Pare, não são uma ameaça. - Disse para o Patrick, colocando uma mão sobre o seu braço. - Estou certa? - Me virei para a Tinker Bell.
-Para eles somos fantasmas e só.
Todos ficamos observando boquiabertos enquanto lentamente os barquinhos passavam por nós. Haviam centenas, talvez até milhares deles, era impossível saber ao certo. Espera...:
-Caspian? - Questionei quando o reconheci em um barquinho.
-O quê? - Ele perguntou e eu cutuquei o Patrick apontando para o que tinha visto.

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E Se SwanQueen Tivesse Acontecido? Season 2
FanfictionDepois de lutar a batalha final contra a Fada Negra, Emma Swan enfim pode começar a viver o seu final feliz ao lado da sua família e das pessoas que ama. Inclusive com a sua esposa, Regina Swan-Mills, e seus filhos Henry e Hope Swan-Mills. Mas, será...