Um Encontro Inesperado

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Três anos depois

Henry

Três anos haviam se passado desde que eu deixei Storybrooke, e desde então eu tive a oportunidade de conhecer e escrever sobre os mais diferentes tipos de histórias. Anastácia, uma princesa russa que fugia da guerra. Tarzan, um conto africano. Mogli, indiano. A Snow White francesa que trazia um perspectiva totalmente diferente da história, onde diferente da minha mãe, ou das histórias convencionais, a Rainha se apaixonava pela princesa e mandava mata-la para colocar um fim naquele sentimento, pois relacionamentos entre mulheres eram estritamente proibidos na época, sendo considerados até mesmo coisa do demônio.

O fim é triste pois depois que a Snow prova da maçã e caí em sono profundo a própria Rainha acaba sedendo e acordando-a, revelando o seu segredo e sendo queimada viva por todos pensarem que ela era uma bruxa.

O mais triste é que por mais que eu queira, não posso interferir nas histórias. Eu tenho que deixá-las seguir o seu curso, afinal, é o que um Autor faz, certo? Isso foi o que eu pensei antes de conhecê-la.

Depois de todas as minhas aventuras, eu voltei, viajando mais ao norte da floresta com o objetivo de voltar para casa e passar o verão ou coisa parecida. O que eu não esperava era que naquele dia em específico uma moça apareceria na minha frente dirigindo uma carruagem a toda velocidade.

Foi difícil desviar dela, mas bom, eu consegui. O problema foi que ela bateu com a carruagem em uma árvore, fazendo com que o cavalo fugisse e ela voasse para longe, caindo desacordada.

Corri para ajudá-la. Era uma moça morena dos cabelos castanhos, usando um vestido azul, não demorou muito para que eu notasse o típico sapatinho de cristal:

-Cinderella? - Me abaixei para ajudá-la cutucando seus ombros. - Cinderella? Você está bem? Vamos, acorde, vamos. - A ajudei a se sentar devagar enquanto ela tocava a cabeça e resmungava. - Você está bem?

-Eu acho que sim. - Ela começou a se levantar. - Os jacintos amorteceram a minha queda. - Ela dizia olhando para as flores.

-Flores da sorte. - Comentei ajudando-a.

-É, mas você quebrou a minha carruagem, e assustou o Phillip.

-Phillip? - Olhei em volta procurando mais alguém.

-Meu... - Ela fez uma pausa quando finalmente pareceu me olhar direito. - Meu cavalo. Um com uma cabeça de verdade. Ao contrário dessa sua engenhoca.

-Motocicleta. - Corrigi dando um meio sorriso a ela.

-O que diabos você estava fazendo aqui?

-Ah, indo para casa. - Dei de ombros.

-A sua casa é por aqui?

-Não, mas o caminho sim. Eu sou de outro reino e os portais não ficam abertos...

-Está bem, já chega. - Ela me interrompeu. - Também tenho outro lugar para estar e eu não irei andando com esses sapatos de cristais pelo resto do caminho.

-Sapatos de cristais. A sua história...

-Minha história?

-Sim, claro, todos conhecem. Sabe, dos livros e tinha um desenho...

-Quem é você? - Ela perguntava curiosa.

-Bom, isso não importa agora, porquê temos uma história para consertar. Sua história. Você não tinha um príncipe para encontrar?

-Sim, eu tenho.

-Bom, posso te dar uma carona.

-Você não está querendo que eu suba naquela coisa, não é?

E Se SwanQueen Tivesse Acontecido? Season 2Onde histórias criam vida. Descubra agora