--need to me--

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Rebeca pov's

Eu estava meio zonza, com uma tremenda ressaca. Merda.

Me levantei de vagar e prestei atenção em tudo, principalmente na minha roupa, que no caso não era a mesma, era uma do Ash.

Ele me trocou? Merda.

- você está melhor, honey? - ashtray perguntou com a toalha em volta do pescoço.

Honey?

- estou, ah...você me trocou? - pergunto assustada.

Ele me olhou meio... desconfortável?

- quase isso...- ele parecia desconfortável. - olha, em minha defesa, eu só te troquei porque a Lexi tava locona e o fez não ia te olhar né.

Eu ri mais fiquei com vergonha.

- você me viu sem roupa?!

Ele riu.

- não, só tirei seu vestido - ele disse sorrindo, que sorriso...

Eu arregalei os olhos.

- DA NO MESMO! -  eu gritei.

Ele se sentou na cama e me deitou nele.

- eu não vi nada, ok? Temos que conversar..- ele suspira - ontem, meu primo fez algo que você não vai gostar...

Eu lembro..

- eu lembro, eu tava tão bêbada que não conseguia reagir. Só...senti que precisava de você. - disse e subi em cima dele. - eu precisava de você e preciso que você precise de mim de volta.

Meus olhos queriam chorar.

- mas eu preciso. - só consegui dizer isso. Mas...- eu também preciso de você.

Eu sorri, eu encarava seus lábios rosados, eu queria, queria sentir seus lábios quentes nos meus. Sentir que ele é meu, e que eu sou dele.

Se ele me permitisse de te amar...

- vamos descer? - ele perguntou. Eu não entendia o porquê ele fugia, fugia de mim.

- por que você foge? Foge de mim? - digo encarando cada detalhe de seu rosto.

Ele olhou meu pescoço e se irritou.

- sempre que eu ver essa marca, eu vou sentir raiva. Medo, medo de fazerem isso com você de novo. Nojo de chamar ele de primo - ele disse fugindo da minha pergunta.

- não é permanente, responde a mim - digo acariciando sua bochecha.

Ele colocou seus braços em volta da minha cintura e fez carinho.

- eu tenho medo, medo de você me deixar, de eu me entregar e você não me querer mais, me deixar...- ele disse. Nem parecia o ashtray.

Eu sorri.

- eu não posso prometer nada, mas tá mais pra você me deixar. - ri

Ele riu e olhou prós meus lábios.

- eu não consigo acreditar...- ele diz mudando a expressão.

- sei que seus pais te abandonaram, e é por isso que você não confia em mim. Eu não ia fazer promessas...mas confie em mim, por favor. - eu supliquei. - eu preciso de você comigo e preciso que você precise de mim na sua vida também.

Ele sorriu um sorriso forçado.

- eu sou todo fudido, beca...- ele se levantou. - e sou confuso. Não quero te envolver na minha vida por que eu sou um traficante! Não quero você em merda e jamais vou permitir.

Ele se levantou e saiu. Me senti sozinha, me senti vazia.

Fui ao banheiro e me olhei no espelho, meu pescoço estava cheio de chupões e marcas de agressão. Garoto fudido, eu vou matar você.

Eu precisava dele, mas ele não está disposto a se apegar a mim, não está disposto a deixar os traumas de lado pra confiar em mim. Me senti vazia, sem ele era como um castigo.

[...]

- você está bem? - fez pergunta olhando meu pescoço.

Fiz que sim com a cabeça e me sentei pra comer.

O Ash não estava em casa, ele havia saído. Coisa boa não é, geralmente ele fica em casa.

- ele está magoado, sabia? - fezco diz pegando uns kooks pra comermos.

- não, eu não sabia, por que?

Ele suspira

- ele ficou mal com você pegando geral ontem - ele riu.

- eu estava bêbada, nem lembro de pegar tanto assim, e eu tava na Lexi!! - digo me lembrando que eu ia passar uns dias lá

- é melhor você ficar aqui, é mais seguro.

[...]

O dia foi muito chato, fiz merda nenhuma. Eu estava sentindo falta do Ashtray.

- fezco, posso ir na rue? Volto hoje - pergunto sabendo que ele vai negar.

- melhor não - ele negou.

Não tava afim de obedecer, pulei a janela do quarto e fui pra casa da rue, talvez eu precisasse distrair a mente.

- você tem drogas? - pergunto pra rue.

Ela arregala os olhos.

- ficou louca? - ela disse.

Percebi que não ia dar em nada, eu queria parar de sentir aquele vazio que o ashtray tava causando.

- vou indo nessa, preciso fazer meu corre - fui embora por que oque eu queria ela não tinha.

Até que eu encontrei uma menina que parecia querer amigar comigo.

- ola, baby, sou a Lorraine - ela se apresenta.

- sou a Rebeca - sorri educada.

Ela disse que usou drogas de mais e precisava de ajuda, ela me mostrou o caminho de sua casa e fui ajudando ela a andar.

- voce mora sozinha? - perguntei entrando.

- não....-ela bugou - meus pais trabalham?

É, ela tava mó drogada.

- aí, onde você compra drogas? - perguntei so por perguntar.

[...]

- eu não aguento isso - ela diz colocando a mão na barriga de tanto rir.

Estamos rindo pra porra.

- você quer mais?

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𝑼𝒎 𝒂𝒎𝒐𝒓 𝒕𝒐𝒙𝒊𝒄𝒐 - ᵃˢʰᵗʳᵃʸOnde histórias criam vida. Descubra agora