— Você sabia que a família Barbieri é quem comanda a maior organização criminosa? — questiono através do celular que está apoiado na pia do banheiro.
— Sim — Cicila indaga tranquila, como se isso não fosse surpresa.
— E não pensou em me avisar? — pergunto incrédula, amarrando meu cabelo em um alto rabo de cavalo.
— Han... na verdade não, não pensei.
— COMO NÃO? — praticamente grito.
— Se eu falasse, você não aceitaria trabalhar aí. — fala tranquila do outro lado da linha. Se eu não conhecesse Cicila tão bem, diria que ela deu de ombros.
— Acertou, não aceitaria mesmo. — falo óbvia.
— Viu, por isso que não falei, relaxa. Não é como se Lorenzo fosse te matar só por trabalhar para ele.
— É, mas talvez me mate por me tornar esposa contratual dele. — Deixei escapar o que eu pensava, merda.
— VOCÊ O QUÊ? — Cicila grita, me fazendo perceber a burrada que fiz. Merda, falei demais.
— Para de gritar — sussurro, pegando o celular e tirando do viva voz.
— Explica isso, como assim esposa contratual?
Suspiro fundo, sabendo que Cicila não vai parar de perguntar. Por isso, conto tudo para ela. Não aguentava mais guardar isso só para mim, precisava conversar com alguém.
— Amiga, esse menino realmente é um terrorzinho. O que pretende fazer agora? — ela se refere a Breno.
__ Que escolha eu tenho, a não ser seguir com esse maldito contrato? — Remungo chorosa. — Minha vida está uma bagunça. Quando foi que perdi meus próprios direitos de escolha? Minha vida sempre foi rodeada de pessoas e relacionamentos tóxicos. Quando é que isso vai parar?
— Oh, prima — Cicila lamenta. — Você está bem?
— Não, eu não estou bem. Estou cansada, cansada de tudo.
Falo a verdade e muita pressão em cima de mim sempre foi. Só queria viver uma vida normal, onde eu possa falar e agir sem medo de que alguém me repreenda.
— Tudo bem, você não precisa estar bem sempre, Amélia. Tudo vai dar certo, saiba que eu sempre estarei com você.
— Obrigada. — murmuro, limpando meu rosto molhado pelas lágrimas. — Preciso ir agora, se cuida.
Me despeço de Cicila, saindo do banheiro desço até a sala, encontrando Lorenzo sentado no sofá. O homem nota minha presença, me olhando. Seus olhos descem pelo meu corpo, parando em meu rosto onde ele semicerra os olhos. Como se soubesse que eu chorava.
— Vamos. — ele fala, se levantando e caminhando até a porta. O sigo silenciosamente, vendo que um carro nos aguarda. Lorenzo entra primeiro no veículo, se acomodando no banco de trás. Entro logo em seguida, olhando para trás e vendo uma grande quantidade de carros nos seguindo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Contrato ardiloso com o Mafioso : Livro 1 Série Máfia N'DRANGHETA
RomanceLorenzo Barbieri é um mafioso impiedoso com todos à sua volta, exceto sua família e seu filho. Lorenzo carrega em sua alma o peso da culpa pela morte de sua amada. No entanto, o Don precisa se casar novamente. Na falha tentativa de fugir de um casam...