Caminhando até o quarto de Breno, pronta para acordá-lo, hoje é sábado e não irei à empresa; dedicarei o dia todo à minha família. Abro a porta: o ambiente está escuro, com um pouco de luz que vem de uma abertura nas cortinas. Afasto o tecido da cortina, deixando a luz emanar no ambiente.
— Breno, hora de acordar — sussurro, afastando seu cabelo e vendo-o sorrir, fingindo dormir. — Filho, levanta, o dia está perfeito — O menino pula na mesma hora, me assustando.
— Repete.
— Me.u fi.lho — falo pausadamente, vendo-o sorrir e se jogando contra meu corpo.
— Te amo, mamãe — meu coração se agita com sua declaração.
— Eu amo mais.
— Não, eu que amo mais — rebate, e faço cócegas em seu corpinho, ouvindo a sonora gargalhada.
— Para, mamãe, para — gargalha, e me junto a ele, adorando esse momento.
Ajudo meu filho com a roupa e fico observando-o fazer sua higiene matinal.
— Mamãe, hoje vai ter um encontro da minha turma no parque. Todos os meus colegas de classe vão... posso ir também? — Seus olhinhos pidões se erguem a mim e meu coração se parte.
— O que acha de conversarmos com o papai para lhe deixar ir também? — Sugiro, e ele assente radiante. — Então, agora vamos tomar café.
Descemos a escada. Breno não parava de sorrir só com a hipótese de ir ao encontro da classe. Na metade da escada, vejo Lorenzo, Fellipp, Enrico e Pietro. Assim que me aproximei, percebi que o clima ficou meio tenso. Mesmo meu noivo dizendo que estava tudo bem, sentia que não estava. Por isso, decidi que não pediria naquele momento para Breno ir no encontro ao parque.
— Mamãe, você conversou com o papai? — Breno estava ansioso.
— Não, meu amor. — Ele faz uma carinha triste.
— Conversa agora! — Ele me puxa até a sala de jantar. — Ué, cadê ele? — Breno se refere ao pai, que estava aqui agora há pouco. — Esqueça, já estou acostumado a não ir.
Ele murmura, completamente chateado.
— Se arruma, eu vou com você. — Ele ergue sua cabecinha surpreso.
— Sério, mas... o papai não vai ficar bravo? — Apesar de querer muito, meu menino questiona, preocupado.
— Claro que não! Se ele ficar, amansamos a fera. — Toco a ponta do seu nariz e ele assente, sorrindo.
Depois de trocarmos de roupas, sai da mansão, avisando somente a nova empregada. No caminho, Breno estava falante e agitado no banco. Meu sorriso se tornou grande ao ver toda a sua animação. Acho que essa era a primeira vez que ele saía de casa, claro, a não ser para ir à escola.
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Contrato ardiloso com o Mafioso : Livro 1 Série Máfia N'DRANGHETA
Storie d'amoreLorenzo Barbieri é um mafioso impiedoso com todos à sua volta, exceto sua família e seu filho. Lorenzo carrega em sua alma o peso da culpa pela morte de sua amada. No entanto, o Don precisa se casar novamente. Na falha tentativa de fugir de um casam...