Lorenzo Barbieri é um mafioso impiedoso com todos à sua volta, exceto sua família e seu filho. Lorenzo carrega em sua alma o peso da culpa pela morte de sua amada. No entanto, o Don precisa se casar novamente. Na falha tentativa de fugir de um casam...
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Seguro na maçaneta, mas uma vez sem coragem para abri-la. Tomei banho no quarto de Lorenzo e agora não me atrevo a sair. Estou nervosa. Como vou dormir ao lado de um homem que é praticamente um estranho? Um estranho que mexe comigo, que apenas com um olhar e toque me causa arrepios e correntes elétricas.
E se ele me atacar no meio da noite como um tarado?
Não, Lorenzo não parece ser esse tipo de homem. Solto um suspiro convencida, abrindo a porta. Entro no closet e procuro entre as gavetas onde ficam os pijamas. Localizo um pijama de cetim preto, pego e visto. Fecho a porta do closet. Pego sobre o móvel meu creme de framboesa. Amo tudo relacionado a framboesa. Tenho sabonete e creme com aroma desta fruta. Deslizo o creme em minha pele, sentindo o cheiro doce e suave.
Saio do closet e vejo Lorenzo adentrar ao quarto. Me atento a ele desafrouxar a gravata, um ato que não passou despercebido por mim. Meu Deus, como esse homem é lindo!
Se controla, Amelia, se controla!
— Já jantou? — ele pergunta.
— Sim, e você? — devolvo a pergunta enquanto Lorenzo caminha pelo quarto entrando na sacada.
— Também. — E é só isso que ele responde, levando um cigarro até a boca.
— Onde posso dormir? — pergunto, enquanto direciono meu olhar a um sofá no canto do quarto.
— Pode se deitar na cama, aquele sofá não é confortável.
— Mas... e você...
— Vou dormir na minha cama, assim como você. — Lorenzo deixa o cigarro no cinzeiro, caminhando até mim. — Não tocarei em você a menos que me peça isso.
Parando em minha frente, Lorenzo coloca meu cabelo de lado, agarrando firme em minha cintura, cheirando meu pescoço, fazendo meus pelos se arrepiar.
— Hum. — Suspira. — Não sabe o quanto seu cheiro me deixa louco, agora eu sei que esse aroma delicioso é de Lampone.
Engulo em seco, meus olhos se encontrando com suas esferas azuis. Lorenzo se inclina, juntando nossas testas. Quando ele assopra sobre meu lábio, fazendo seu hálito quente misturado de uísque e nicotina se chocarem contra meu rosto, me fazendo suspirar embriagada.
Limpo minha garganta quando ele se afasta, me recompondo e coçando minha testa.
— Han... eu... vou — aponto para a cama nervosa — dormir, eu vou dormir — ouço uma risada abafada dele. Me deito na cama, fechando meus olhos e forçando o sono a vir.
Ouço o barulho da porta se fechar e ergo meu rosto, vendo que ele entrou no banheiro. Permito soltar minha respiração que nem ao menos sabia que estava segurando, respiro aliviada me aconchegando na cama. A porta se abre e, passando por ela, Lorenzo. Deixo meus olhos entreabertos, vendo que o homem caminha até a cama usando somente uma calça moletom, deixando seu físico à mostra, seus largos ombros dando destaque no seu corpo sarado. Conto 6 gominhos em seu abdômen musculoso em forma de "V", descendo por dentro da sua calça, as veias à mostra sumindo por dentro da roupa.
