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Em pé, olhando os dois pares de olhos que me encaram curiosos, Breno coça os olhos, bocejando

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Em pé, olhando os dois pares de olhos que me encaram curiosos, Breno coça os olhos, bocejando. Já Kian fica quieto; os dois estão sentados na cama junto a Amélia.

— Papai, por que me acordou tão cedo assim? — Breno questiona com cara de sono, fazendo drama.

— Está quase na hora do almoço — revelo, e ele preguiçosamente escora a cabeça no ombro da mãe.

Sorrio, negando com a cabeça.

— Bom dia, meus amores! Dormiram bem? — Amélia pergunta carinhosamente, com a voz mansa.

— Se o papai não tivesse nos acordado, sim — meu filho resmunga, fazendo a mulher gargalhar.

— E você, Kian, dormiu bem? — Ele assente, recebendo um carinho da minha noiva.

— Isso é bom, porque... queríamos conversar com você — Amélia começa com receio. Ela olha para mim e eu confirmo com um aceno para que continue.

— Vocês vão me mandar embora, não vão? — Kian fala, nos surpreendendo com tristeza.

— Não, é justamente o oposto disto — ele levanta o olhar — queremos saber se... você quer ficar com a gente... como uma família — os olhos do menino brilharam diante das minhas palavras e confesso que fiquei com medo da sua resposta.

Me apeguei a ele.

— Como meu irmão? — Breno perguntou contente, erguendo o rosto a Amélia.

— Sim, meu amor — ela diz, e todos olhamos para Kian, à espera da sua resposta. Porém, lágrimas rolam por seu rostinho; ele não fungou, não disse nada.

Essa é a primeira vez que o vemos chorar. Kian segurava as lágrimas na dor, na alegria e na tristeza.

Mas ele as soltou; era como se ele tivesse se libertado de alguma ordem de Ivan.

— Tudo bem? — Amélia pergunta, preocupada.

— Sim, é só... que sempre quis ter uma família como vocês e tenho medo de que isso seja somente um sonho muito bom — Kian fala com a voz embargada, e algo em mim se aperta.

— Não tenha medo, não é um sonho, é real. Queremos você... como nosso... filho. — Amélia, relutante, fala: tínhamos que ir com calma, ou Kian poderia entender errado. — Se você não se sentir preparado, vamos no seu tempo...

— Eu quero! — Kian a interrompe. — Quero fazer parte desta família, quero ter um irmão, uma mãe e um pai.

Amélia, a essa altura, já chorava; Breno gritava de alegria e eu estava sorrindo de orelha a orelha. Breno abraça Kian, minha noiva se junta me chamando. Vou até eles, os abraçando, sentindo uma imensa felicidade. Minha vida melhorou desde a chegada de Amélia. O destino quis que nos conhecêssemos, mas quem a colocou em minha vida foi meu filho.

Contrato ardiloso com o Mafioso : Livro 1 Série Máfia N'DRANGHETA Onde histórias criam vida. Descubra agora