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Se me dissessem alguns dias atrás que me importaria tanto com o bem-estar de Amélia, a mulher que entrou na minha vida por engano, não totalmente um engano, porque meu filho colaborou para que isso acontecesse, mas me empenho tanto em proteger aquela pequena mulher. Agora, por exemplo, estou caminhando pelo corredor da sede, pronto para entrar na sala e matar o desgraçado que ousou fazer mal a Amélia.

Abro a porta de uma das salas de tortura, vendo ali Pietro juntamente com dois soldados. Logo adiante está o maldito Dominic, que se encontra machucado e despido. Consigo ouvir seus choramingos, não parece o homem todo para frente, cheio de coragem.

— Espero que meus amigos estejam sendo hospitaleiros. — Debocho, ouvindo as risadas dos meus companheiros. — Sabe, nada disto estaria acontecendo se tivesse me escutado.

— E-u... eu... juro que... se me deixar ir, nunca mais volto a incomodar. N-ão procuro mais Amélia, só... me deixa ir.

Solto um sorriso nasal, ouvindo seu pedido. Talvez, só talvez, se fosse em outras circunstâncias, poderia cogitar em deixá-lo ir. Porém, somente em ouvir esse desgraçado pronunciar o nome de Amélia, meu corpo se acende em fúria.

— Não volte a mencionar o nome dela. — Cerro meu punho, me contendo para não matá-lo sem antes da melhor parte da tortura. — Preparem a cadeira. — Ordeno. — Nosso amigo aqui está precisando se sentar. — Sorrio, vendo o desespero estampado em sua cara, e ele devia ficar mesmo.

— O-que é isso? —Gagueja, observo o momento em que os soldados levantam o corpo de Dominic. — Cara, o que é isso?

— Isso, meu amigo, é o seu pior pesadelo. — Olho para a cadeira, o melhor instrumento de tortura. Sou fascinado por essa cadeira, o estrago que ela pode fazer é sensacional. — Você vai ter a honra de sentar na cadeira de Judas.

— Você é louco? — Indaga, com pânico. Ele tenta se soltar, porém é em vão, tendo seus dois braços presos.

— Sabe, essa é uma das melhores maneiras de torturar alguém. Na verdade, eu sou fascinado por essa cadeira, as maneiras de tortura da Idade Média são fantásticas.

Capto o medo nos olhos de Dominic, seu corpo tremendo como uma gelatina. Esse homem não passa de um covarde.

— Não são todos que têm o privilégio desta beleza. — Aponto para a cadeira. — Mas a preparei especialmente para você.

Ouço os gritos e pedidos de Dominic. O homem grita descontroladamente, achando que alguém o ajudaria. Porém, além de nossas salas terem uma ótima instalação acústica, nossa sede fica meio afastada, ou seja, ninguém o ajudaria. Ninguém seria louco de ajudar.

— Como você pode ver, a cadeira de Judas consiste em um assento com formato de pirâmide. — Dito isso, enquanto observo ele sentar na cadeira, faço uma careta, podendo imaginar a dor agoniante. — Continuando, a vítima ou a pessoa torturada, no seu caso, é colocada sentada sobre o assento. Como você, acha-se muito esperto? —  Aproximo-me do homem que chora feito uma criança. — Se achava muito homem fazendo a Amélia sofrer, você a humilhava e batia nela.

Contrato ardiloso com o Mafioso : Livro 1 Série Máfia N'DRANGHETA Onde histórias criam vida. Descubra agora