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   Frederica passa pela porta do que seria meu quarto, o cômodo é simples e fica na área dos empregados. Imediatamente me levanto, limpando minhas lágrimas que rolam pelo meu rosto.

__ Trouxe lençóis limpos __ de costas para a senhora, aceno com a cabeça sem me virar, deixando um fungado escapar da minha boca.

__ Querida __ Frederica pega em meus ombros, me fazendo virar. A mais velha passa a mão limpando minhas lágrimas.

__ Por que, Frederica, por que isso aconteceu? __ questiono em meio ao meu soluço. __ Pensei... Pensei que Breno tivesse gostado de mim. — Desabo em lágrimas.

__ Exatamente por isso __, franzo minha testa.

__ Não entendi __. Limpo meu rosto, me sentando na cama e vendo a mulher fazer o mesmo.

__ Breno fez isso porque gosta de você. Ele te escolheu, Amélia, mesmo sendo da maneira errada.

— Me escolheu para ser esposa do pai dele? Essa história é muito confusa. — pergunto. 

Balanço minha cabeça tentando entender e aceitar o que aconteceu. Se existe um título de pessoa mais azarada no mundo, essa sou eu.

__ Não somente isso, ele viu em você uma figura materna __ os olhos da senhora chegam a brilhar ao falar isso __ Como eu disse, Breno estava carente de afeto maternal. Ele não conhece essa relação, por mais que eu e Antonella sejamos as únicas figuras maternais que ele tem, não é a mesma coisa.

__ O que ele pode ter visto em mim? __ pergunto incrédula __ Logo eu, uma mulher sem graça que não entende nada de maternidade, muito pelo contrário. Também não sei o que é ter carinho maternal, não tive uma mãe decente.

__ Não se sabote, Amélia. Você é uma mulher excepcional, sem graça apenas para aqueles que não te merecem e não conseguem enxergar a mulher incrível que você é. — Indaga, passando a mão na minha cabeça com carinho.

__ Essa família não é normal, eles não são só simplesmente ricos. Estou certa, não é, Frederica? — questiono, vendo a mulher assentir.

__ A família Barbieri comanda a maior organização criminosa do mundo, a Ndrangheta.

Regalo meus olhos diante do que a senhora falara, minha boca formando um "o". Busco por palavras, mas nada sai diante do meu espanto. Tremores atingem meu corpo, me fazendo arrepiar. Passo a mão em minha testa, limpando a fina camada de suor.

__ Sa... são mafiosos? — gaguejo, em meio ao meu medo. Onde eu vim me meter?

__ Sim.

__ Por Deus! — falo, ainda estática diante dessa descoberta.

__ São todos mafiosos. Lorenzo é o don, ele é o chefe. Fellipp é o subchefe, ele serve como substituto caso Lorenzo se ausente. Pietro é o conselheiro e, por último, Enrico, que é o capitão.

Contrato ardiloso com o Mafioso : Livro 1 Série Máfia N'DRANGHETA Onde histórias criam vida. Descubra agora