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Entro no meu escritório curioso diante da reação de Amélia. Não é a primeira vez que ela fica atônita diante de um telefonema ou mensagens.

— Conseguiu o que pedi? — pergunto do outro lado da linha.

— Sim, estou te mandando por e-mail agora. Não foi fácil, Lorenzo conseguir essas informações, mas tudo que eu descobri está aí. — entro no meu e-mail checando as informações que o soldado acaba de mandar.

— Já recebi. — desligo a chamada, dando atenção ao notebook na minha frente. Leio minuciosamente e me surpreendo diante da minha descoberta. Um sentimento de raiva me atinge, me deixando furioso. Vou matar o maldito desgraçado que teve a ousadia de machucar minha esposa.

Minha esposa, que hilário, até alguns dias atrás uma esposa era tudo que eu menos queria, e agora fico nomeando Amélia como minha esposa com tamanha convicção que até eu chego a acreditar.

Desconheço esse sentimento que tenho de querer proteger essa mulher. Creio que seja atração sexual. Com certeza, se a tivesse em minha cama e provasse daquela bocetinha, me sentiria saciado desse desejo. Não consigo pensar em outra razão para estar tão encantado e agir assim em relação a ela.

Porém, o desejo de proteger Amélia sempre vai falar mais alto. Não amá-la não me impede de protegê-la. Saber que um infeliz qualquer se atreveu a machucar minha pequena me cega de raiva.

Amélia entrou na minha vida por puro desejo do meu filho. Ela, com todo seu ar puro e gentil, me cativou. Seu corpo reagindo ao meu, o gesto que ela sempre faz quando está nervosa, passando a mão na nuca, a deixando mais fofa. Seu cheiro doce se tornou minha essência preferida. A forma como ela gosta de framboesa, tendo perfumes, cremes e até mesmo sabonete com esse aroma, denuncia o quanto estou ferrado. Seu cheiro se tornou meu vício, sou completamente viciado.

Porra!!

O que eu estou pensando? Quem eu quero enganar? Amélia está me fazendo sentir coisas... que não quero sentir. Se eu me permitir sentir, estarei, de alguma forma, enganando Catarina, a mulher que mais amei e que morreu por minha culpa.

Sim, é isso. Amélia não passa de uma atração, um desejo a ser alcançado e incontrolável. Pelo menos é nisso que quero acreditar.

Vou ter Amélia, nem que seja pelo menos uma vez, assim me saciando do seu corpo ao qual desejo com tamanha urgência.

— Descubra onde esse desgraçado está neste momento — falo assim que meu soldado atende.

— Sim, Don, mas alguma coisa? — ele pergunta.

— Me mantenha informado — desligo sem chances do homem falar alguma coisa, fecho meu notebook com tamanha força.

— Você nem imagina o que te aguarda, Dominic — murmuro para mim mesmo, deixando um sorriso de canto.

Contrato ardiloso com o Mafioso : Livro 1 Série Máfia N'DRANGHETA Onde histórias criam vida. Descubra agora