Queria ser forte como Órion, eu lutaria por nós dois

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*Henry*

Henry conseguiu o número de telefone de Alex com a equipe de segurança. Ele passou dias criando coragem para mandar uma mensagem para ele. Segundo sua irmã, não havia problema em apenas ser amigo de Alex. Ele acredita que, ao manter uma distância considerável, conseguirá se controlar e controlar seu ômega. Estava se aproximando cada vez mais do período do seu cio, e Henry queria mais do que tudo que Alex estivesse aqui com ele. Agora que o suéter não tem mais o seu cheiro, ele sabe que será insuportável.

Henry para com o supressor, e dois dias depois, começam as cólicas intensas. Faz tanto tempo que Henry não sente seu próprio cheiro, e é somente nesse período, por 3 dias, que ele consegue sentir seu próprio cheiro. Ele era proibido até de ter a fruta morango em seu palácio, ele acha isso tudo uma grande loucura. Qualquer coisa que se assemelhe ao seu cheiro no momento em que chegava no palácio era barrado pela guarda real.

Ele se pergunta se Alex gostaria de seu cheiro. Já ouviu histórias de companheiros de alma que não gostavam muito do cheiro um do outro. Ele ama o cheiro de Alex e espera que Alex também goste do dele, isso é claro, se ele algum dia puder sentir seu cheiro. Seus pais e Bea, e até mesmo Philip, já falaram que seu cheiro era bom, mas ele queria essas palavras vinda de Alex. Queria que ele pudesse se enterrar em seu pescoço, e então Henry faria sua glândula odorífera produzir com maior intensidade. Ele falaria o quanto o ama, e então eles fariam amor a noite toda. Mas isso é apenas um sonho idiota dele.

A resposta de Alex para a primeira mensagem de Henry vem quase imediatamente. Ele nunca pensou que poderia ver esse lado de Alex em que ele não é insultado. Eles conversam todos os dias, sempre aparece algo para eles tirarem sarro um do outro. Esse é um dos momentos mais felizes do dia para Henry. Bea e Pez vivem o provocando sempre que ele sorri para o celular. Até seus pais estão fazendo parte desse grupinho agora. Todo mundo a sua volta parece notar que ele ama Alex, menos o próprio Alex. Seus pais descobriram há pouco meses. Henry falava demais sobre ele, e então seus pais perguntaram se havia algum sentimento ali. Henry contou tudo, até sobre Alex ser seu companheiro. Os únicos que não sabem e nem sequer desconfiam são seus avós e seu irmão Philip.

Seu cio chegaria com tudo amanhã, e hoje Henry estava começando apenas sentindo as dores da cólica. Bea até preparou uma bolsa de água quente para ele, e Henry colocou em sua barriga.

-Me deixe comprar alguns brinquedos para você, Henry, - diz Bea. Henry sente seu rosto esquentar. Todo ano era a mesma coisa. Sua irmã sempre se oferecia para comprar algo para ele. -Ninguém vai achar estranho uma mulher alfa comprando um pênis de borracha.

-Bea, por favor, pare de falar, - diz Henry, cobrindo o rosto com as mãos. - Mesmo que ninguém desconfie, o palácio não te deixaria entrar aqui com isso. Você sabe as regras.

-Estúpidas regras, - ela diz, e Henry concorda. - E se você encontrasse um alfa ou um beta e fizéssemos assinar um NDA?

-Você sabe que eu não gosto dessas coisas. - Só de pensar em ficar com outro que não seja Alex, Henry sente seu ômega se revirar, e uma pontada de dor o segue, fazendo com que ele solte um gemido. - Acho que preciso caminhar um pouco.

-Posso ir com você?

-Eu posso fazer isso sozinho, Bea. - Henry não quer ser mal educado, mas sempre que esse período chega, nenhum de seus pais e Bea o deixa sair de seu quarto sozinho. Ele não entende o porquê, deve ter algo a ver com o instinto alfa deles. Henry não vê motivo para isso. Ele já recebeu ordens diretas para não sair do palácio, e todos ali sabem o seu segundo gênero. Ele não diz mais nada, e David o segue para fora de seu quarto. Ele estava dando uma volta no jardim de lavandas do palácio, com David seguindo cada passo seu, até que ele sente um cheiro familiar e vê sua mãe se aproximando dele.

Folhas de um Carvalho DouradoOnde histórias criam vida. Descubra agora