Obrigado por ser paciente amor, podemos finalmente fazer história

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Chegamos ao fim, obrigada a todos que chegaram ate aqui.

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*HENRY*

Henry estava com vinte e três semanas de gestação, e sua barriga já havia atingido um tamanho considerável, o que começava a afetar sua rotina de maneira significativa. Logo nos primeiros meses, ele percebeu que todas as suas roupas já não serviam mais. Camisas e calças que antes se ajustavam perfeitamente agora ficavam apertadas e desconfortáveis, o que o levou a trocar todo o seu guarda-roupa. Depois de algumas tentativas frustradas de vestir jeans ou calças mais formais, ele decidiu que a melhor solução era adotar calças de moletom, confortáveis, elásticas e que não pressionavam sua barriga.

As calças de moletom se tornaram sua escolha diária, combinadas com camisetas largas que deixavam Henry mais à vontade, principalmente nos dias mais quentes. Agora, ele passava mais tempo em casa, ao lado de David, que parecia perceber a mudança e ficava ainda mais perto, como se soubesse da importância daquele momento para a família.

Ele ainda fazia caminhadas diárias, mas sempre pela manhã bem cedo, quando a cidade ainda estava adormecida. Evitar as pessoas e os olhares curiosos o fazia sentir-se mais confortável, e o ar fresco do amanhecer trazia-lhe uma sensação de paz e tranquilidade.

Numa dessas manhãs, o parque estava praticamente deserto, exceto por uma jovem mulher beta que ele cruzava de vez em quando naquele horário. Ela tinha uma aparência amigável, e eles já haviam trocado alguns cumprimentos breves, mas naquele dia ela parecia mais interessada em conversar.

–Bom dia! – cumprimentou a mulher com um sorriso caloroso, se aproximando um pouco mais de Henry.

–Bom dia – respondeu ele, mantendo o passo, sem intenção de prolongar a interação.

No entanto, seus olhos rapidamente se voltaram para a barriga de Henry, que estava difícil de ignorar naquele estágio da gravidez.

–Você está lindo, brilhando. Quanto tempo? – perguntou ela, com um tom curioso e gentil.

–Vinte e três semanas. – respondeu Henry, mantendo a compostura. Ele já estava acostumado a essa pergunta, mas algo no jeito como a mulher olhava para sua barriga o deixou um pouco apreensivo. A mulher deu um passo a frente com a mão estendida como se fosse tocar a barriga de Henry, sem pedir permissão.

Henry sentiu seu corpo enrijecer e instintivamente deu um passo para trás, levando as mãos à barriga numa postura defensiva. Os seguranças atrás de Henry ficaram mais alertas, prontos para intervirem, mas permaneceram distante. Não era que ele fosse grosseiro, mas aquela intimidade não era algo que ele desejava compartilhar com desconhecidos.

–Posso? – Ela perguntou ao notar que Henry desviou de seu toque. "Agora ela pede permissão", Henry pensa. Antes ela agiu como se fosse algo natural tocar na barriga de alguém que esta gravido sem permissão.

–Prefiro que não – disse, com um sorriso educado, mas firme. – Não me sinto muito à vontade com isso.

A mulher pareceu surpresa por um momento, mas logo recuou, envergonhada.

–Oh, claro! Desculpe, não quis incomodar – disse ela, recuando um pouco.

Henry assentiu, encerrando a conversa rapidamente e continuou sua caminhada, sentindo-se desconfortável. Não era a primeira vez que alguém tentava tocar sua barriga sem permissão, mas sempre o deixava irritado. Nem mesmo no abrigo ele gostava que as pessoas fizessem isso. Para ele, o único que tinha liberdade de tocar sua barriga sem pedir era Alex. Henry sentia-se amado e seguro sempre que Alex acariciava sua barriga, e ele adorava como Alex se tornava cada vez mais protetor à medida que a gravidez avançava.

Folhas de um Carvalho DouradoOnde histórias criam vida. Descubra agora