Pequena cena obscena a frente
Palavras: 4.135
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*HENRY*
Nem todos os dias são bons para Henry, na verdade, a maioria dos dias é uma porcaria. Ele tenta não se importar muito com esses dias, mas hoje, em específico, é um daqueles dias em que ele não quer sair da cama. Desde que experimentou a felicidade ao lado de Alex, Henry não consegue mais se sentir feliz se ele não estiver presente. Ele conseguiu sentir um pouco de como seria sua vida se ele não tivesse que esconder quem ele realmente é, um ômega gay.
Ele queria tanto contar para Alex, ele nem se importaria. A maioria dos Alfas preferiria um ômega ao seu lado. Ele se imagina criando um futuro com Alex, onde seus filhos correriam livres no jardim da casa que ele e Alex escolheriam. Ele imagina como seriam seus filhos, se teriam a sua aparência ou a de Alex. Ele queria que fossem uma mistura perfeita dos dois. Henry coloca sua mão na localização onde está seu útero, ele pensa que nunca poderá gerar um bebê. Ele teme o dia em que terá que terminar o que ele e Alex têm. Henry nem sabe se o que ele tem é realmente alguma coisa, mas ele sabe que isso não irá durar para sempre. Alex merece ser feliz, e isso é algo que Henry é proibido de ser.
Seu celular toca, e o nome de Alex aparece na tela. Ele ainda não consegue acreditar que são aqueles tipos de pessoas que ligam nos horários mais estranhos um para o outro. Henry já ouviu histórias de companheiros verdadeiros que poderiam sentir a angústia um do outro mesmo em uma longa distância. Ele se pergunta se foi por isso que Alex ligou para ele.
-Oi, Alex, - ele tenta colocar o máximo de emoção positiva em sua voz, mas ela ainda consegue soar como se ele estivesse chorando por horas.
-Você soa estranho, - ele consegue ouvir o farfalhar de Alex se mexendo pelo celular, como se estivesse procurando uma posição melhor para falar com Henry. -Está tudo bem?
-Sim, - ele tenta soar convincente.
-Sei que faz pouco tempo em que começamos a nos dar bem, mas eu posso dizer quando você está mentindo, - Alex fala. -Você pode falar comigo, Henry, mas se você não quiser falar, tá tudo bem também.
Henry pensa que deve pelo menos uma parte de sua vida a Alex. Por meio de mensagens e telefonemas, Alex tinha contado tanto de sua vida para ele. Henry sempre era o ouvinte da história, ele nunca contou muito de sua vida para Alex. As pessoas sempre dizem que falar com alguém ajuda, mas Henry não sabe se ele se sente pronto para contar algo, mesmo que pareça pequeno, sobre sua vida.
-Eu queria conversar com você pessoalmente. - Ele fala. -Vai ter uma partida de polo, para arrecadação de fundos do abrigo do meu amigo Percy, na semana que vem. Queria que você fosse meu convidado. Você aceitaria vir? Sei que está um pouco acima da hora.
-Eu não sei jogar polo.
-Você não vai jogar, você irá me ver jogar. Você aceita?
-Ver você vestido a caráter, em cima de um cavalo? - Alex fala com aquele tom que Henry ama. -Você só pode estar brincando, é claro que eu aceito.
-Me conte alguma coisa? - Henry pede.
-O que você quer ouvir?
-Qualquer coisa, sobre a faculdade, sua vida, política, sua família, qualquer coisa.
Alex não pergunta mais, ele apenas começa a falar. Henry agradece pelo fato de Alex saber qual é o limite de Henry, quando ele não quer falar, ou quando ele apenas quer escutar sua voz, mesmo que o que ele esteja falando não seja algo interessante. Alex fala pelo que parece horas; ele apenas para perguntar a opinião de Henry sobre algo ou se ele ainda está escutando o que ele está falando.
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Folhas de um Carvalho Dourado
RomanceEm um universo ABO, uma releitura do livro "Vermelho, Branco e Sangue Azul", Henry, um ômega que vive como beta por meio de medicamentos, e Alex, um alfa, são forçados a se aproximar após um incidente inesperado. O que começa como uma relação distan...