Mais do que uma estrela

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Capítulo cinco

O dia todo passei ao lado de Stefanni, curtindo a nossa "data especial". Até que entardeceu e ela foi embora se trocar para a minha surpresa. Nos despedimos com um beijo demorado e fui tomar banho, pensando o que poderia ser essa tal surpresa. Saí do banho rapidamente e coloquei uma roupa simples: calça jeans clara, uma blusa preta lisa e um Vans preto. Meu celular tocou logo em seguida, e era Stefanni, mandando mensagem dizendo que estava me esperando lá embaixo, então saí logo que depressa, pegando apenas um casaco preto. Ao chegar até a porta, Stefanni já estava à minha espera no portão com um buquê de flores na mão, lírios brancos, na verdade:

— Está linda, Pi! — diz ela, me dando um beijo no rosto. — As flores são para você!

— Obrigada! Mas... Qual é dessas flores?! — perguntei, espantada. Houve risos da parte de Stefanni.

— Você nunca ganhou flores? Por que a surpresa?

— Se pá deve ser porque ninguém nunca fez isso por mim.

— Eu adoro as suas gírias, paulista. — respondeu ela, me beijando. — Bom, vamos logo antes que fique tarde.

— Onde vamos, senhorita Rocha?

— Eu disse que é uma surpresa. — Stefanni respondeu, pegando em minha mão. — Se eu disser, não vai ter a mínima graça.

— Vou ter que confiar em você, então.

— Corretamente.

Ficamos caminhando por, pelo menos, uns 20 a 25 minutos, até chegarmos em um morro, onde tinha uma toalha no chão, uma cesta e algumas velas. Bem à nossa frente, havia uma luneta:

— Vem cá! — disse Stefanni, estendendo as mãos para mim.

— Está bem! — disse, chegando próxima à luneta e olhando através dela.

— Está vendo aquelas duas estrelas, ali?! Uma grande e uma pequena, bem ao lado uma da outra?

— Estou! São lindas! — exclamei.

— Somos nós! — diz Stefanni, tirando dois papéis da bolsa. — Dei a elas o nosso nome.

Sorrio e dou um abraço nela, o mais apertado que consegui, seguido de um beijo demorado:

— Isso é... é lindo! — digo, eufórica. Ela não sabe o quanto aquilo mexeu com o meu coração.

— Eu te amo, paulista. — Ela disse! Fiquei olhando para o seu rosto, ainda que um pouco pálido. Eu não acreditei no que ela havia dito com tanta naturalidade.

— Você o que? — Perguntei, para ter certeza.

— Eu disse que te amo... — Respondeu ela, chegando mais perto de mim. Stefanni pegou em minhas mãos e me encarou. — Não preciso de mais tempo do que esse para saber o que sinto por você. Eu te amo desde a primeira vez em que te vi. Não me pergunte como... Eu só sei que amo.

— Eu... Eu te amo... — E aquelas palavras saíram como se fossem pesos. Eu estava me segurando para não ter dito. Mas a verdade é que eu também a amava.

— Eu sei que ama, na verdade eu sinto isso dentro de mim. Sabia?

— Não fazia ideia que isso era tão aparente. — disse, um pouco envergonhada.

— Não precisa ficar sem graça por demonstrar amor, Pietra. É a coisa mais linda do mundo te ver tão vulnerável assim. E eu jamais te machucaria.

— Eu sei disso. Confio muito em você.

Sentamos e ficamos comendo morangos e conversando por quase 2 horas. Estava um pouco frio, então sentei atrás de Stefanni, abraçando-a até que pegamos no sono e cochilamos, ela no meu colo e eu apoiada com a cabeça numa árvore. Depois de algumas horas, senti alguém me cutucando, era uma garota morena com skate na mão e boné para trás:

— Não queria atrapalhar, mas... é meio perigoso vocês dormirem aqui, não acham?

— Desculpe! Que horas são? — perguntei, ainda um pouco sonolenta.

— São 06:30 da manhã!

— Nossa! É... obrigada, já estamos indo. — disse, acordando Stefanni, que levantou com cara de assustada.

— Amor, estamos aqui até agora? Meus pais vão me matar e... quem é ela? — perguntou Stefanni, esfregando os olhos.

— Meu nome é Hellen, prazer! E vocês quem são?

— Eu sou Stefanni e ela é a minha namorada, Pietra.

— Bom, estou indo nessa! Prazer em conhecer vocês.

— Tchau, Hellen! — Disse, me despedindo. — Bonita ela!

(Levo um tapa no ombro.)

— Ai! Brincadeira, amor. — Resmunguei.

Fomos embora e deixei ela em seu apartamento, demos um beijo demorado de despedida e então fui para casa, andando pelas ruas com um sorriso estampado de orelha a orelha, pensando o quanto meus pais devem estar preocupados, mas que tudo valeu a pena. Cada minuto.

Quando cheguei em casa, entrei direto para o meu quarto. Meus pais já haviam saído para trabalhar, então deitei em minha cama e fechei os olhos por um segundo, até que Alan entrou pela porta:

— Pi, chegou agora? — perguntou ele, sentando ao meu lado.

— Cheguei! Tô morta de cansaço.

— E como foi lá? — Perguntou ele, curioso.

— Ela é incrível, Alan! Extremamente incrível!

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