Nossa primeira vez

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Capítulo oito

No outro dia, acordei atrasada como sempre, desci para tomar café e comer algo quando ouvi meus pais conversando na sala sobre um assunto sério que passava na TV:

"O índice de criminalidade só vem aumentando..." — vinha a voz preocupante da TV.

— Nós deixamos São Paulo justamente para fugir disso! — minha mãe expressou, claramente indignada.

— Infelizmente, o crime está em todos os lugares, senhora Rocha. — Alan ponderou. — Vivemos tempos complicados.

— Não sei o que faria se algo acontecesse a qualquer um de vocês. Seria demais para mim. — meu pai se juntou à conversa, sua preocupação era palpável.

— Calma querido, não vamos pensar nessas coisas agora, precisamos manter nossa sanidade, se não enlouqueceremos.

— Eu não aguento mis ouvir esses noticiários, só tem noticia ruim. — Meu pai disse, desligando a televisão. 

Me juntei a eles no sofá, absorvendo a gravidade da conversa enquanto tomava meu café:

— O que aconteceu? — perguntei, intrigada.

— Encontraram mais uma jovem morta, abandonada. — meu pai informou, olhando para a minha direção.

— Credo, mais uma? 

— Sim, parece ser um homem de cerca de 50 anos e uma adolescente, mais ou menos da sua idade. — minha mãe acrescentou. — Como pode um homem dessa idade levar uma jovem para essa vida? Deus me livre.

— Meu Deus! Mas por que eles fariam algo assim?

— A maldade não escolhe razões, querida. — minha mãe suspirou. — Vai saber o que é que motiva eles. É um mistério.

— Pietra, tenham cuidado, você e o Alan. Seria insuportável se algo acontecesse com vocês. — meu pai enfatizou, carregado de preocupação.

— Pode deixar, pai, vou me cuidar. — assegurei, antes de subir para me arrumar.

— Tentem ficar o menos possível na rua, de noite, evitem ao máximo. — Minha mãe enfatizou. 

Após um rápido banho para acordar e me livrar do peso da preguiça, vesti algo simples e parti para a faculdade, me distraindo com música pelo caminho. No ponto de ônibus, a mensagem de Stefanni no celular me fez sorrir amplamente:

"Só para te lembrar o quanto eu te amo, estou com saudades. Sua Stef"

Nesse momento, Hellen se aproximou, iniciando uma conversa amigável. Sua presença me distraiu brevemente, mas minha mente logo voltou para Stefanni, ansiosa pelo nosso encontro:

— O que vai fazer hoje?

— Não sei Hellen, minha mãe está quase surtando com o que ela e meu andam vendo na televisão, cada dia uma coisa diferente. Uma tragédia. Sei lá, saindo daqui ou passar na Stefanni e vou para casa. — Respondi. 

— Então está bem sério esse seu relacionamento, né?

— Sim, está mesmo. 

— E os seus pais? Gostam dela? 

— Gostam, eles são bem respeitosos com as minhas escolhas e minha orientação... receberam ela muito bem. — Respondi. 

— Legal. Isso é importante, não é? 

— Sim,,, mas ao contrário de mim, ela tá tendo problemas... a mãe é complicada. 

— Eu sei como é, mas logo vocês saem da faculdade e podem ir morar juntas, se durar... 

— Vai durar, eu não me vejo sem ela mais. 

....

Mais tarde, ao chegar à casa de Stefanni, fui recebida com um ambiente romântico preparado por ela, que me deixou sem palavras. Velas, rosas e música suave preenchiam o quarto, anunciando uma noite especial.

— Eu te quero, Pietra. — Stefanni sussurrou, com um olhar intenso.

— Eu também te quero, meu amor. — respondi, sentindo meu coração acelerar.

O que se seguiu foi uma troca de carícias e palavras de amor, uma conexão profunda e sincera. A noite se desenrolou com naturalidade, explorando novos territórios de intimidade e paixão. Stefanni e eu nos entregamos completamente uma à outra, consolidando nosso vínculo.

Após momentos intensos e cheios de afeto, nos aconchegamos, ainda entrelaçadas, permitindo que a tranquilidade e o cansaço nos levassem ao sono. Naquele abraço, encontrei meu refúgio, certa de que não havia outro lugar no mundo onde preferiria estar.

— Não tinha nenhum jantar, não é? — questionei mais tarde, ainda envolta na atmosfera daquela noite mágica.

— Não, a menos que você esteja realmente com fome. Posso preparar algo para comermos. — Stefanni propôs, entre risos.

— Não, está tudo bem, amor. Não sinto fome. Só quero ficar aqui com você. — confessei, selando minha declaração com um beijo.

E ali ficamos, entregues ao sono em um abraço confortável, certas do amor que compartilhávamos. Aquele momento selou o que sentíamos uma pela outra, um amor puro e verdadeiro, um refúgio seguro nos braços uma da outra.

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