Eu não sei amar, mas sei falar de amor.
YOONGI
09/03 16:30h31 anos...
Mais um aniversário...
Menos um dia de vida.
31 anos que passaram tão rápidos que nem vi...
31 anos que ainda me sinto o mesmo...
31 anos com uma única paixão na vida...
Ela que me causa um misto de emoções e sensações...
Que me tira da realidade cruel e do meu mundo solitário...
A música.
Sou eu, ela, meu apartamento vazio e minha gata.
É isso!
Mais um aniversário como todos os anos.
Na verdade, acho besteira comemorar aniversários, afinal, estamos comemorando a chegada da morte...
Só um dia a menos no nosso calendário da vida.
Eu comemoro por minha família...
Eles ficam felizes com isso.
E eu?!
Acho que não importa.
Eles estando felizes, eu fico feliz.- Yoongi, faz um pedido. - Minha mãe fala sorridente, segurando um bolo com velas acesas, em minha frente.
Eu acho que não fui o único que parei no tempo já que todos os anos ela insiste em me fazer assoprar velas.
Para mim, a coisa mais idiota que tem é fazer um pedido enquanto se assopra uma vela, mas faço um esforço pela minha mãe.
Ela passou a manhã toda fazendo esse bolo.
Eu fecho os meus olhos, respiro fundo por uns segundos e assopro aquelas velas.
Sinto como se estivesse soprando minha vida ao vento...
Um dia a menos.- Uuuuh! Parabéns irmão! - Meu irmão fala, dando tapinhas em meu ombro, me fazendo forçar um sorriso.
Até parece que somos próximos, mas ele tenta.
- E aí, o que você pediu? - Meu pai pergunta, me olhando.
- É segredo... Se eu contar, não se realiza. Não é assim que funciona?! - Eu falo me levantando.
- Onde vai? Ainda nem comeu o bolo... - Minha mãe fala.
- Eu preciso ir agora... Comam por mim. Obrigado gente... - Eu falo me curvando levemente.
- Espera filho, vou embalar para você levar.
- Minha mãe fala, indo até a cozinha.Pego um pedaço do bolo embalado e sigo até o portão.
Entro no carro e dirijo até a loja de conveniência mais próxima.
Compro uma garrafa de soju e sigo até o cemitério principal pegando meu violão no banco detrás.
Todo aniversário meu, eu venho aqui.
Não tem forma melhor de comemorar a vida, lembrando que estamos morrendo todos os dias.
E ele morreu...
Jovem demais...
Me deixando para trás.
Morrer, é mais fácil que viver...
Me aproximo de seu túmulo e me sento na grama, ao lado.- E aí, cara... - Eu falo, abrindo a garrafa de soju.
- Caramba, que frio... - Eu falo, olhando a paisagem à frente.
- Você amava esse frio, né seu babaca?! Ainda brigava comigo porque eu nunca gostei. - Eu falo, olhando para seu túmulo.
Ele era a pessoa que mais me entendia e me apoiava em tudo...
Até mais que meus pais.
Era meu melhor amigo...
O único, na verdade.- Como hoje é meu aniversário, vou me permitir sentir sua falta... Mas, só hoje... Você sabe que não sou de sentir coisas do tipo... - Eu falo, colocando um copo em seu túmulo e enchendo de soju.
Encho o meu também e bebo.
Sozinho.- Eu escrevi uma música nova... Mas, você não vai querer ouvir, né?! Vou cantar mesmo assim... - Eu falo, colocando o copo ao lado do meu corpo no chão e pego meu violão.
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FIQUE COMIGO
Fanfiction(+18) (PLÁGIO É CRIME). Duas pessoas completamente diferentes dividindo o mesmo espaço. Ela potinho cheio, ele potinho vazio. Mas, com algo em comum. Até onde eles suportam fingir que não sentem nada?!