Capítulo 16

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A barreira finalmente perdeu força depois de quase três dias se escondendo nas sombras de altas árvores e densa vegetação

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A barreira finalmente perdeu força depois de quase três dias se escondendo nas sombras de altas árvores e densa vegetação. Essa foi a chance dele escapar. Sua fome aumentava à medida que sentia a presença de tantas almas naquele reino. Essa vontade era como a de alguém que nunca provou o sabor de qualquer alimento. Por mais que ele já tivesse consumido outras almas ele ainda se sentia vazio.

Perambulando pela floresta longe do domo que os Dutah haviam formado sobre a região em que estava, ele se sentiu atraído por um cheiro delicioso. Era como um banquete à mesa em seus tempos de rei em um corpo físico. Ele seguiu o cheiro por alguns quilômetros e ouviu risos vindo de um campo aberto cheio de árvores e flores. Ele não podia atacar, pois sentia a presença de uma alma forte o suficiente para derrotá-lo, então só observou aquela alma vibrar e a cada pulsação de sua energia sua fome vociferava dentro de seu ser. No entanto em algum momento aquele cheiro mudou bruscamente para outra direção, o que o deixou confuso. Percorrendo pela mata que rodeava aquele bosque, procurou loucamente pelo cheiro delicioso já decidido que iria devorar aquela alma antes que o outro, que a escoltava, o impedísse. Quando a encontrou novamente, percebeu que aquela alma apetitosa se transformou em um pedaço de alma quase vazia. Não havia mais nada nela que lhe fosse apetitoso. Frustrado, mas não desatento, sentiu um cheiro semelhantemente ao daquela alma de cabelos brancos. Exalava forte então seguiu para onde aquele rastro seguia. 

 Correndo, a energia acumulada das almas que devorou antes se esvaia com o esforço. Ele, que quase estava em sua em sua forma verdadeira, temia voltar a se parecer somente como uma grande sombra, pois era mais difícil se locomover naquele estado.
Saltando pelos galhos a fim de alcançar sua presa mais rápido, finalmente encontrou aquilo que continha energia vital dentro de si. 

O cavalo estava calmo e tranquilamente pastava na campina rodeada pelas árvores que camuflavam o caçador. Estranhamente, a energia daquele animal espiritual brilhava com cores mescladas, bem diferente das outras almas e espíritos por ali. Pulsava como um coração vivo. Do alto do galho onde ele espreitava, preparou um salto e no momento certo se jogou no lombo daquele espírito que mesmo reagindo não teve forças para escapar. Usando inúmeras ramificações de sua aura que envolviam aquela criatura, o devorador se fixou e aquela energia foi totalmente sugada. O cavalo se dissipou minúsculos fragmentos cósmicos sem deixar rastros.

A energia que ele consumiu lhe deu mais de três metros altura. Se sentiu mais forte, mais poderoso, sua forma se definiu em partes, mas ainda não era suficiente. Ele precisava de mais. Ele precisava estar completo em sua forma original.

 Ele precisava estar completo em sua forma original

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Além das Flores - CONCLUÍDO ( 44 de 46)Onde histórias criam vida. Descubra agora