Julia Kudiess | Lesão

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Pedido de vhideza

Pedido de vhideza

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Hoje será um dia longo. Julia Kudiess, a central da seleção brasileira e do Gerdau Minas - clube que sou fisioterapeuta - chegará hoje em Belo Horizonte para cuidar do seu joelho. A loira sofreu uma lesão ligamentar e microfratura do platô tibial e eu serei a responsável por sua recuperação. Quando fiquei sabendo da lesão fiquei muito triste pela garota, Julia tem muito futuro no vôlei, aos 21 anos já conquistou duas medalhas de prata com a seleção e seis com o time mineiro.

Chego ao mini consultório que tem no clube e vou logo analisar o exames da jogadora. Concluo que ela terá no mínimo seis meses de recuperação e não conseguirá jogar a tão sonhada olimpiada.

[...]

Depois do almoço decido sentar no consultório para descansar um pouco, quando escuto alguém bater na porta e vou abrir.

- Oi, Julia! Tudo bem? - digo receptiva.

- Oi. - ela sorri. - Tudo bem sim, e você?

Conversamos sobre alguns assuntos aleatórios enquanto Kudiess se ajeita na maca e eu arrumo o material que será usado.

- Então, Kudiess...

- Não precisa ser tão formal, S/n. Pode me chamar de Ju. - a central me interrompe.

- Então, Ju. - corrijo. - A sua lesão não foi tão grave, mas vai precisar de muita atenção e cuidado se você quiser voltar logo para as quadras.

- Quanto tempo eu vou ter que ficar sem jogar? - era notável a sua preocupação.

- Seis meses.

- Poderia ser pior... - ri fraco, tentando disfarçar seu incômodo.

[...]

Há dois meses venho prestando assistência ao tratamento de Julia, seu joelho está se recuperando, enquanto sua performance em quadra não foi comprometida. Durante este período, estabelecemos uma relação mais próxima, evoluímos de fisioterapeuta e paciente para amigas.

- Oi, S/n. - Julia, animada, me assusta ao pular nas minhas costas.

- Que isso, garota? Quer me matar do coração?

- Desculpa, não consegui me controlar. - sorri sapeca. - É que eu tenho um convite pra você.

- Iiii, lá vem. Qual?

- Então... É que eu quero muito ir pra Paris, assistir os jogos das meninas.

- Ju, você sabe que não pode ficar sem cuidar do joelho por tanto tempo...

- Lógico que eu sei. Por isso quero que você vá comigo. - a mais alta sorri. - Não que eu queira sua companhia... É que preciso de alguém pra cuidar de mim né.

- Admite logo que me ama, Julia. - sorrio.

- E aí, vai comigo ou não? - cruza os braços.

- Deixa eu pensar. - finjo que estou pensando. - Lógico que quero né. Você acha que vou negar uma viagem pra Paris? - sorrio animada. - Mesmo que a consequência seja te aturar por uns dois meses. - Julia finge se ofender e dá um tapa no meu ombro.

[...]

Estamos em Paris há uma semana, nossa relação tem se fortalecido e estamos mais próximas.

Estou sentada ao lado de Kudiess no uber. Estamos voltando para o hotel após assistir o Brasil ganhando de 3x1 da Turquia.

- Cara, eu nem acredito que conseguimos. O povo do Twitter tá doido. Olha isso aqui. - Julia diz, me mostrando os memes que os torcedores estão postando.

Ficamos vendo os comentários nas redes sociais até chegar no hotel.

- Merci. Passe une bonne journée. - agradeço o motorista e lhe desejo um bom dia.

- Uii, toda fluente você. - a morena brinca, saindo do carro.

Subimos para o quarto e ficamos conversando.

- As meninas chamaram a gente pra sair, parece que vão para um bar comemorar a vitória. Bora?

- Mas é claro. - digo animada.


[...]

Todas as jogadoras já chegaram e estamos todas bebendo e conversando. Sinto a temperatura subir um pouco e decido ir lá fora para tomar um ar.

- Ei, tudo bem? - a central aparece atrás de mim.

- Tudo sim, Ju. Por que?

- Você saiu do nada, achei que tinha acontecido algo.

- Não aconteceu nada. - sorrio. - só senti calor e vim tomar um ar.

- Quer companhia? - pergunta.

Aceito sua companhia e permanecemos conversando, ambas alteradas pelo álcool. Quando o assunto acabou, a central se vira para mim, me observando em silêncio.

- Posso saber o que você está pensando? - brinco.

- Eu? Nada - ri. - Só estou te admirando, não posso? - diz, se aproximando. - Você é bonita, né?

- Eu sou linda né, meu amor. - digo em tom de deboche. - Percebeu só agora?

- Percebi desde o meu primeiro dia no minas.

Ela está flertando comigo? - penso.

- O dia que você chegou eu só conseguia prestar atenção nesse rostinho bonito. - sorrio lembrando daquele dia.

- O dia que eu cheguei eu estava muito preocupada em não surtar por estar jogando com a minha maior ídola, mas eu também reparei bastante em você.

- Boba.- acaricio sua bochecha.

Kudiess parecia estar apenas aguardando um sinal de que eu também queria beijá-la, pois após eu acariciar seu rosto, a garota a minha frente me puxou para um beijo. De início foi um beijo timido, mas cheio de desejo, aos poucos fomos perdendo a timidez e nossas línguas se encaixaram perfeitamente.

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Imagines de jogadoras de voleiOnde histórias criam vida. Descubra agora