Carolana | Rivalry

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Pedido por dani_souza_nunes

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A quadra estava pulsando com a energia das torcidas, o clima era eletricamente tenso e, como sempre, o jogo decisivo da superliga estava atraindo olhares de todo o estado. Eu jogava pelo Gerdau Minas e a minha namorada, Carolana, era a estrela do Praia Clube. O destino, com sua ironia, nos colocava em lados opostos da quadra nesta final.

Lembro-me do instante em que nossos olhares se cruzaram antes do apito inicial. O sorriso de Carolana era radiante, mas havia uma tensão que parecia pairar sobre nós. Sabíamos que, fora da quadra, éramos um casal feliz e apaixonado, mas dentro da quadra, a rivalidade entre nossos times fazia com que tudo fosse pessoal.

O apito soou e o jogo começou com uma intensidade que só um final de campeonato pode ter. Cada ponto era disputado com fervor, e a competição era feroz. Carol estava brilhante, suas jogadas eram impecáveis e a força com a qual defendia sua equipe era admirável, mesmo que eu estivesse no time adversário. Eu, por outro lado, me sentia igualmente imbatível. A adrenalina estava a mil e o desejo de ganhar estava estampado em cada movimento.

Durante o segundo set, o jogo estava extremamente equilibrado. Os dois times estavam mostrando suas habilidades e a torcida estava frenética, alternando entre gritos de incentivo e palpites. No entanto, a tensão entre Carolana e eu estava crescendo. Em um lance particularmente disputado, um erro meu foi claramente visível, e a central não perdeu a oportunidade de apontar o que achava um erro de arbitragem. Eu reagi com um olhar gélido e, embora fosse apenas um jogo, senti uma raiva súbita. A competição estava nos dominando.

O apito final soou e, enquanto o público aplaudia e celebrava a vitória de nosso time, a tensão entre nós estava no auge. Em vez de irmos diretamente para o vestiário, nos encontramos no meio da quadra, cercadas pela multidão barulhenta e pela euforia dos torcedores.

Carolana estava respirando pesadamente, seu olhar fixo em mim com uma mistura de frustração e determinação. Eu, por outro lado, tentava conter minha própria raiva e o desejo de desabafar. A rivalidade tinha atingido seu ápice e, naquele momento, as palavras que trocamos foram mais afiadas do que qualquer bola de vôlei.

- Você acha que ganhou porque foi melhor? -  ela gritou, sua voz ecoando no ginásio. - Foi um erro de arbitragem. Vocês tiveram a sorte do lado de vocês!

- Erros de arbitragem?- Retruquei, o tom de minha voz se elevando com a mesma intensidade. - Eu joguei com tudo o que tinha, e vocês só sabem reclamar quando não conseguem ganhar!

A morena avançou um passo em minha direção, e eu poderia sentir a tensão quase palpável.

- Você não entende nada sobre o quanto isso significa para mim! Vocês nos derrotaram, e não foi por mérito. Foi por sorte, por uma arbitragem injusta!

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