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S/n sempre apoiava Brie Joy em suas partidas. Namorar uma jogadora de vôlei famosa do Sesc Flamengo significava se acostumar com toda a atenção que Brie recebia, tanto dentro quanto fora das quadras. O orgulho que S/n sentia ao ver sua namorada dominar o jogo, bloqueando, levantando e liderando o time, sempre superava qualquer desconforto. Até aquela noite.
Era um jogo importante, uma das maiores partidas da temporada, e o ginásio estava lotado. S/n estava sentada nas arquibancadas, acompanhando cada movimento de Brie com os olhos cheios de admiração. Mas, naquela noite, não era só o jogo que estava prendendo a atenção de S/n. Uma torcedora, sentada a algumas fileiras de distância, estava se comportando de maneira... provocativa. E não era em relação ao jogo ou a Brie, mas em relação a S/n.
No começo, S/n não deu muita atenção. Fãs sempre apareciam nas partidas, às vezes animados demais, tentando interagir com as pessoas ao redor. Mas, à medida que o jogo avançava, ficou claro que aquela torcedora estava interessada em algo além do vôlei. Ela olhava fixamente para S/n, sorrindo de um jeito que a deixava desconfortável. Em determinado momento, a torcedora até se aproximou.
— Você também acha que essas jogadoras são incríveis, não é? — a garota perguntou, com um tom que parecia inocente, mas havia uma insinuação no olhar dela que S/n não podia ignorar.
— Sim, o time é ótimo — S/n respondeu, tentando manter o foco no jogo e não na conversa.
Mas a torcedora não estava disposta a parar por aí. Ela começou a elogiar S/n, dizendo como a achava "bonita demais para ser apenas uma fã" e sugerindo que elas poderiam sair depois do jogo. S/n riu nervosamente, tentando desviar a conversa, mas a torcedora continuava insistente.
Brie, mesmo em quadra, parecia perceber algo errado. Durante uma pausa no jogo, enquanto andava para o banco de reservas, olhou em direção às arquibancadas e viu a interação. S/n estava nitidamente desconfortável, enquanto a torcedora estava inclinada, sorrindo demais, e Brie pôde ver algo nos olhos dela que fez o sangue ferver.
O ciúmes começou a crescer dentro de Brie, um sentimento que ela normalmente não deixava transparecer. Ela confiava em S/n, sabia que elas tinham um relacionamento forte e que S/n jamais faria algo para colocar isso em risco. Mas o jeito descarado com que aquela torcedora estava tentando flertar com sua namorada, bem ali, na frente de todo mundo, a fez sentir uma raiva que não conseguia controlar.
O jogo continuou, mas Brie já não conseguia mais focar completamente na partida. A cada intervalo, ela olhava na direção de S/n, vendo a torcedora ainda tentando se aproximar. A irritação começou a afetar seu desempenho. Ela errou dois levantamentos seguidos, algo incomum para ela, e a frustração era visível em seu rosto. Quando o técnico pediu um tempo, Brie foi direto ao banco, respirando fundo, tentando se concentrar.
