Hande Baladin | Ciúmes.

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O ginásio estava lotado, a energia vibrante dos fãs se espalhava pelo ar enquanto o jogo de vôlei continuava em um ritmo frenético

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O ginásio estava lotado, a energia vibrante dos fãs se espalhava pelo ar enquanto o jogo de vôlei continuava em um ritmo frenético. Hande Baladin, sempre imponente na quadra, era o centro das atenções. Cada saque e bloqueio perfeito arrancava gritos da multidão, e S/N, sentada na arquibancada, observava com um misto de orgulho e... algo mais. Um sentimento que ela tentava ignorar, mas que crescia a cada interação entre Hande e suas colegas de time.

S/N suspirou, cruzando os braços enquanto seu olhar se fixava em Hande. Havia algo no jeito como a jogadora sorria, rindo com uma das outras atletas, que fez seu estômago se revirar. Aquela sensação familiar, o ciúme queimando sob a superfície. Sabia que era irracional, mas não conseguia evitar. Hande era incrível, uma estrela, e todos a queriam por perto. S/N se sentia pequena, quase invisível em comparação com o brilho da namorada em meio à multidão.

O jogo finalmente terminou, e Hande, suada e sorridente, saiu da quadra enquanto os fãs aclamavam o time pela vitória. S/N a esperava perto do vestiário, tentando controlar a corrente de emoções que a dominava. Quando Hande finalmente se aproximou, com aquele sorriso que sempre fazia seu coração acelerar, S/N sentiu o nó no peito apertar.

— Você jogou bem — S/N disse, forçando um sorriso, mas o tom frio não passou despercebido.

— Obrigada — Hande respondeu, erguendo uma sobrancelha ao perceber a tensão. — Está tudo bem?

S/N respirou fundo, cruzando os braços em uma tentativa de se manter firme.

— Está tudo bem, só... você pareceu bem próxima da Vargas.

Hande franziu o cenho, surpresa com o tom. Ela sabia que S/N era mais reservada, mas não esperava aquilo. O ciúme parecia fora de lugar, considerando tudo o que tinham passado juntas.

— Está com ciúmes, S/N? — Hande perguntou, o tom meio provocador, meio preocupado.

— Eu não... — S/N começou, mas o olhar de Hande, firme e desafiador, a fez parar. — Talvez um pouco. É só que... você é o centro de tudo. Sempre tão brilhante, sempre cercada por pessoas. Às vezes me sinto... fora de lugar.

Hande a observou por um momento, o sorriso desaparecendo enquanto a seriedade tomava conta de sua expressão. Ela se aproximou, ficando bem perto de S/N, o cheiro de suor misturado ao perfume que ainda emanava de sua pele invadindo os sentidos de S/N. Hande ergueu a mão e tocou o rosto da namorada com delicadeza, obrigando-a a olhar em seus olhos.

— Você nunca está fora de lugar ao meu lado — Hande disse, sua voz agora baixa, quase um sussurro. — Eu posso ter o mundo inteiro ao meu redor, mas é com você que eu quero estar.

As palavras de Hande eram suaves, mas firmes, e S/N sentiu um calor familiar crescer dentro dela. O ciúme ainda estava lá, mas agora era misturado com algo mais profundo, algo que ardia em sua pele e fazia seu coração bater mais rápido. A proximidade de Hande, o jeito como seus dedos deslizavam suavemente pela linha do maxilar de S/N, faziam sua resistência desmoronar.

— Eu odeio sentir isso — S/N admitiu, a voz falhando um pouco enquanto seu corpo reagia ao toque de Hande. — Odeio o fato de que você pode me fazer sentir tão... vulnerável.

Hande sorriu, agora com um toque de desejo em seus olhos. Ela sabia que havia uma linha tênue entre o ciúme e o desejo, e naquele momento, podia sentir o equilíbrio se inclinar.

— E por que isso te assusta tanto? — Hande provocou, a mão agora se movendo para a nuca de S/N, puxando-a suavemente para mais perto.

— Porque eu perco o controle — S/N murmurou, sua voz entrecortada enquanto o calor no corpo aumentava. — E você sabe como eu odeio isso.

Hande riu suavemente, seus lábios agora a centímetros dos de S/N.

— Talvez eu goste de te ver perder o controle — ela sussurrou, antes de finalmente fechar a distância entre elas em um beijo carregado de urgência.

O beijo era feroz, uma mistura de todas as emoções reprimidas que ambas vinham sentindo. S/N retribuiu com igual intensidade, suas mãos se agarrando aos ombros de Hande enquanto se deixava levar pela corrente de desejo que as envolvia. A tensão entre elas, que antes era fruto do ciúme, agora se transformava em algo muito mais físico.

Hande a pressionou contra a parede do vestiário, o ambiente ao redor desaparecendo completamente enquanto seus corpos se moviam juntos, como se cada toque fosse uma descarga elétrica que alimentava o fogo crescente entre elas. S/N sentiu o controle escorregar por entre seus dedos, mas ao invés de lutar contra isso, ela se rendeu. Hande era sua força e sua fraqueza, e naquele momento, não havia espaço para dúvidas.

— Você é minha, S/N... e eu sou sua. — Hande murmurou contra seus lábios, os olhos brilhando com desejo.

— Sempre fui — S/N respondeu ofegante, seu corpo cedendo ao calor que Hande despertava em cada fibra de seu ser.

As mãos de Hande exploravam seu corpo com uma confiança que só anos de intimidade poderiam proporcionar. Cada toque era como uma promessa, um lembrete de que, apesar de todos os olhares que recebia na quadra, era com S/N que ela queria estar, era S/N que a fazia perder o fôlego.

A tensão do ciúme dissipou-se completamente, substituída por um desejo voraz que tomou conta delas. Aquele momento, aquele espaço, era só delas. Não havia multidão, não havia câmeras, apenas duas pessoas perdidas uma na outra.

Hande beijou o pescoço de S/N, os lábios quentes deixando um rastro de sensações que a faziam arfar. S/N deslizou os dedos pelos cabelos de Hande, puxando-a para mais perto, como se quisesse fundir seus corpos em um só. O mundo lá fora poderia esperar; naquele instante, nada mais importava além do que sentiam uma pela outra.

— Promete que vai parar com essa bobagem de ciúmes? — Hande sussurrou contra a pele de S/N, os lábios ainda provocando arrepios.

S/N riu, a tensão se desfazendo em meio ao calor do momento.

— Só se você prometer que vai continuar me fazendo perder o controle assim.

Hande sorriu, seus olhos brilhando com uma mistura de diversão e desejo.

— Isso é uma promessa.

O beijo que veio em seguida foi mais lento, mas igualmente intenso. Não era mais sobre ciúme ou insegurança, mas sobre reafirmar o que sempre souberam: que pertenciam uma à outra, independentemente do que o mundo ao redor dissesse.

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