Os primeiros raios de sol surgiam de trás das casa a frente da janela de Lucas, mas muito provavelmente não acordaria tão cedo hoje. Quando era mais ou menos meio dia ele começou a se mecher na cama.
- Cara... que dor de cabeça...- Disse ele passando a mão nos cabelos enquanto gemia de sono.
" Preciso ir ao banheiro ". Levantou-se, foi para o banheiro, abriu a tanta do vaso e se pôs a vomitar tudo que havia bebido na noite passada.
- Filho?- Luiza abriu levemente a porta, o suficiente para ver e ouvir o filho vomitando no banheiro.- O que aconteçeu com você? O que comeu ontem?
- E-eu... eu não lembro.
- Venha. Vamos para o hospital.- Lembrava que havia bebido um pouco mas decidiu não contar a ela e as poucas palavras que falava eram de longe, para sua mãe não sentir o forte cheiro de alcôol que dava pra sentir mesmo com Lucas de boca fechada.
Saíram do carro e entraram no hospital que por sorte havia poucas pessoas e foram logo atendidos.
- Ele amanheceu vomitando e com dor de cabeça, o que meu filho tem Doutor?- Luiza estava preocupada, apesar de adulta nunca havia ficado assim.
O médico se aproximou de Lucas e disse:
- Nem preciso chegar mais perto pra saber o que é. Você já bebeu, garoto? Claro que sim, não é?- Deu uma risadinha.- Seu filho ta de ressaca, minha senhora.
Lucas baixou a cabeça e sentiu a mãi de Luiza em seu ombro.
- Vou passar um remédio que vai parar com esses enjôos e a dor de cabeça.- Disse o Doutor.
- Ok. Obrigada Doutor.- Agradeçeu ela saindo da sala com Lucas logo atrás de si.
Lucas olhou para o médico com um olhar de " tô lascado " e fechou a porta.
Os dois vieram para casa em silêncio e quando já estavam próximos do condomínio ela disse:
- Então a festa foi boa. Se divertiu?
- Sim... na verdade foi melhor do que eu pensava.- Respondeu ele apreensivo.
- Ta tudo bem filho, relaxa, fique calmo. Eu sabia que iria acontecer algum dia e não vou te brigar nem deixar de te amar por isso.- Beijou a bochecha dele.- Mas... tenha cuidado meu rei. Quandi ficar maior, você terá seu carro e não vai poder beber assim e voltar pra casa dirijindo. Capaz de você nem chegar em casa se fizer isso. Só tenho você na vida e não quero te perder.- Uma lágrima correu o rosto dela.
- Perdão mãe... fui incossequênte como qualquer outra pessoa da minha idade, mas prometo que não farei isso outra vez e você nãi vai me perder assim.- Abraçaram-se.
- Tudo bem, tudo bem.- Enxugou as lágrimas.- O momento sentimental passou, vamos pra casa.- Acelerou o carro com um sorriso.
Lá pelas quatro horas, Lucas já estava melhor e recebeu uma mensagem de Isaac.
" Ei ". Dizia a mensagem do garoto.
" Que é?" Respondeu Lucas que já ficou curioso.
" Vc nem sabe o que aconteçeu ontem..."
" O que? Diga logo". Agora sim, estava realmente curioso.
" O Luís. Ele me agarrou e me beijou. Sei que tava bêbado mas mesmo assim ele fez, tava bêbado, não louco ". Lucas sentiu uma fúria no coração e decidiu ir na casa de Isaac no mesmo momento. Mesmo sabendo que a mãe dele agora o odeia. Saiu de casa andando rápido e logo já estava na frente da cada de Isaac, olhou por cima do muro e viu que o carro da mãe dele não estava. " Ótimo ". Tocou a campainha e escondeu atrás do muro.
- Quem ta aí?- Gritou Isaac de denteo da casa e Lucas tocou a campainha outra vez.
Escutou o barulho do portão abrindo e entrou assim que o ouviu abrir.
- Ei. O que você ta fazendo aqui? Você não pode vir mais aqui.- Isaac se desesperou mas não pôde impedir que o garoto entrasse em sua casa, em seu quarto.
- Cala a boca.- Disse Lucas pondo a mão sobre o peito de Isaac empurrando-o.- Fala a verdade pra mim. O Luís fez aquilo mesmo?
- É por issi que está aqui?- Riu.- E sim, ele fez. Eu empurrei ele mas mesmo assim ele me puxou e me deixo um maior beijo, não pude impedir. Mas por que está tão preocupado com isso se você estava tão ocupado com sua namoradinha.- Estava claro que havia ciúme ali o que deixou Lucas feliz.
- Sabe por que?- Perguntou em um tom de ameaça.
- Por quê?- Isaac fez o mesmo.
Lucas não pensou duas vezes, fez o que veio na sua cabeça. Empurrou Isaac que deu de encontro com a parede, pôs a mão no pescoço dele, segurou com força e lhe beijou.
O silêncio dominou o quarto durante o beijo. Foi ficando mais quente e então Lucas parou.
- É porque eu te amo.- Virou de costas em direçã a porta e teve sua mão puxada por Isaac.
- Seu cordão.- Puxou do pescoço o cordão de Lucas.
- Não. Segure mais. Um dia pego.- Abriu a porta.
- Lucas.- Ele devolveu o beijo com vontade e vigor.- Eu... também te amo.- Suspirrou.- Namora comigo?
O coração de Lucas bateu forte e rápido, como nunca havia batido antes. Finalmente ouviu as palavras que queria, da pessoa que queria.
- Eu quero.- Uma lágrima desceu seu rosto e então abraçaram-se.- Tenho que ir.- Deu um selinho e saiu.
Voltou pra casa saltitante de tanta felicidade estava sentindo dentro de si que " agora era pra sempre". Abriu a porta de casa.
- Onde você estava filho? Fiquei preocupada. Está melhor?- Pergu tou Luiza aflita.
- Sim. Já estou muito melhor, o enjoo passou já faz tempo. Estou ótimo. Só fui ali falar com o Isaac bem rapidinho.- Respondeu ele fazendo com que Luiza se aliviasse.
- Muito bem. Vamos comer alguma coisa?
- Vamos!