Rebecca pov's

1.2K 181 10
                                    

Cansada, tanto física quanto psicologicamente era como eu me encontrava naquele momento, para ser sincera o dia estava sendo corrido desde que coloquei meus pés na Armstrong's aquela manhã, meu único momento de sossego foi quando estive com Freen no restaurante e após sair daquele almoço, o trabalho pareceu acumular-se e o sossega se foi novamente.

Ainda tinha o maldito desfile para ir e aguentar Irv junto a Jackeline que agora estava de volta na cidade acabando como todo a minha paz, era pedir muito um tempo de tranquilidade, parecia que minha vida desconhecia tal palavra.

Quando ultrapassei as portas de casa já se passava da meia noite e vinte, deixei a bolsa e o casaco no armário e subi calmamente, não queria que Cassidy e Caroline acordassem e eu estava muito cansada para lidar com elas, segui pelo corredor em direção ao quarto delas deparando-me com Freen dormindo ao lado de Cass, aquela cena sem dúvida alguma era algo incomum já que as três pareciam desconhecidas, então fechei a porta seguindo para o quarto, tudo que eu precisava era um bom banho e uma boa noite de sono, nada mais.

Não tardei no banho, logo me aprontei para dormir, sai do closet e segui para a cama deitando- me e apagando o abajur, virei para o lado sentindo o cheiro da Freen, vindo do travesseiro ao lado, já estava acostumada, até porque já o sentia a um ano, suspirei deixando o cansaço tomar meu corpo e logo estava em um sono tranquilo.

Acordei no dia seguinte me sentindo mais disposta, tomei um banho e desci seguindo para a cozinha, já se passava dás nove e eu agradecia por ser finalmente sábado, eu precisava de uma pequena folga aquele dia.

Ao adentrar o cômodo pude ver minhas filhas sentadas a mesa tranquilamente enquanto tomavam café no mais absoluto silêncio, iriam para a casa do pai em poucas horas e passariam toda a semana lá, não era algo que me agradava muito, mas era o combinado e elas adoravam o pai, eu não tiraria isso delas.

- bom dia bobbsey's - Disse beijando-as na testa.

- Bom dia mamãe - Disseram em uníssono e eu me sentei servindo-me com uma xícara de café, não perguntaria sobre Freen, essa certamente estaria trabalhando como sempre.

Abri meu jornal após um logo gole do líquido escuro e suspirei percorrendo as palavras da folha com os olhos, o som de passos adentrando o cozinha pouco depois me fez abaixar brevemente as folhas em minhas mãos, quando o fiz pude ver Freen trajada em um robe negro com uma feição de sono e os cabelos levemente bagunçado e o rosto levemente marcado pelos lençóis, uma cena rara de ver, já que ela parecia dormir de roupa social e maquiagem.

-Bom dia - Disse em seu costumeiro mau humor enquanto sentava-se.

- Não parece muito bom por sua cara - Respondi voltando a ler, mas ainda lhe vi revirar os olhos enquanto servia-se.

Após o café Freen havia saído, pouco depois o motorista de Jeffrey veio buscar as meninas e eu estava na sala de casa junto a Nat que havia chego a pouco.

- E sua digníssima esposa? Perguntou fazendo-me encara-lo.

- Não pergunte como se a odiasse, você faz tudo o que Freen quer.

- Eu sou nada mais, nada menos que o personal dela, Becky.

- Cúmplice quando necessário também.

- Você nunca foi de ter ciúmes, por que isso agora? Perguntou em deboche me fazendo revirar os olhos.

- Não vejo por quem sentir ciúmes.

- Deixemos esse assunto de lado, agora me responda, como é a vida sexual de vocês? Ao menos isso vocês fazem, certo?

- Qual o interesse em minha vida sexual? Que eu saiba isso é não uma entrevista para entrarmos em um triângulo amoroso - O vi revirar os olhos.

- Pura curiosidade.

-Pois ficará curioso.

- Vamos Becky, diga de uma vez - Retirei os olhos - Sabe que não irei descansar enquanto não souber.

- Tivemos uma ou duas noites.

- Uma ou duas? Poupe-me ninguém transa apenas uma ou duas vezes em um ano de casamento.

- Quando o casamento não é por conveniência.

- O sexo é ruim? Perguntou entortando a boca.

-É um sexo.

- Bom ou ruim?

- Não tenho críticas ou algo a acrescentar, como eu disse, foram uma ou duas noites.

- Você precisa de sexo, Rebecca.

- Não, eu não preciso.

- Todo mundo precisa de sexo, quando Doug e eu não transamos, eu fico completamente tenso, não passamos mais de dois dias sem transar.

- Eu não quero saber de sua vida sexual, além de tudo você e Doug são casados por gostarem um do outro.

- Ao menos sua calcinha molha quando dormem juntas e nem tente negar, então por que não provocar o mesmo em sua bela advogada? Você sabe ser sensual quando quer, Rebecca e eu tenho certeza que Freen não negaria uma boa noite de sexo para relaxar o corpo após um dia tenso, afinal de contas quem não adora um bom orgasmo - Revirei os olhos.

5.

Freen chegou em casa no meio da noite, quando adentrou o quarto, eu estava sentada na cama lendo um livro, não tinha sono apesar do cansaço da semana e do horário que já se avançava para às onze da noite, havia falado com as meninas a algumas horas, pouco antes que elas fossem para cama.

E naquele momento me encontrava entediada querendo me concentrar no livro, minha mente
perdeu-se por alguns minutos no barulho da água do chuveiro caindo, logo um barulho na rua
chamou minha atenção, normalmente não haveria ruído algum naquele horário, mas a casa ao
lado pelo que eu sabia, havia acabado de ser vendida e o novo morador, ou nova família, havia
acabado de se mudar, sabia disso pois quando fui levar Nat na porta vi o caminhão estacionar, mas não me importei em saber muito, a vida dos vizinhos não me importavam.

Caminhei até a janela abrindo um pequeno pedaço da cortina e analisei as luzes acessas, a janela de frente para a minha, onde parecia ser também o quarto principalmente estava com a luz acessa, mas ninguém estava lá, deixei meu olhar percorrer para a janela do andar de baixo vendo uma mulher, qual não analisei muito por ela ter passado rápido, certamente apenas duas pessoas já que não havia sinal de crianças ali.

Escutei o som da água parando e poucos minutos depois o som da porta sendo aberta, fechei a cortina voltando pra cama desistindo de ler, apenas apaguei o abajur deitando-me e suspirando enquanto fechava os olhos.

Por conveniência - freenbecky Onde histórias criam vida. Descubra agora