09

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O dia havia começado como qualquer outro, Freen como sempre não estava em casa, passei o dia inteiro pensando na noite anterior, ainda não entendia o que havia ocorrido, o dia seguinte eu passei ao lado das meninas, vendo filmes e vendo a bagunça que faziam em meu closet com o "desfile" que fizeram.

Ao final do dia, Nora veio para uma visita, coisa que já havia se tornado comum mesmo Freen não gostando nada daquilo.

O jantar foi tranquilo, entre conversas, Freen como sempre apenas analisava, principalmente Nadine que conversava com Doug, assim que terminamos o jantar voltamos para a sala nos sentando nos lugares de antes.

- Você sabe que aquela matéria pode ser mudada, eu achei que faltou algo - Disse a Nat.

- Não exagere tanto, Rebecca, eu gostei muito.

- Você sempre gosta, Nat.

- Ela é uma boa jornalista, deveria deixar de implicar com a garota Revirei os olhos.

- Querido, qual o nome daquela moça que entrevistamos? - Doug perguntou chamando nossa atenção.

- Entrevistamos tantas moças.

- Aquela bonitinha de olhos azuis e cabelos vermelhos que eu disse que parecia a Ariel.

- Gina.

- Essa mesmo - Disse voltando a conversar com Nadine.

Fomos no final de semana passado, mas Nat não gostou muito - Doug disse.

- Nat quase não gosta de nada, essa é a verdade.

- Talvez seja consequência da nossa convivência - Revirei os olhos e olhei para Freen que voltava para a sala junto a Richard.

- É um caso ganho, não estou preocupada - Disse e sentou-se ao meu lado.

- Me parece um caso complicado.

- Não é o primeiro.

- Eu quero que tome cuidado, filha, não quero que...

- Eu estou bem - O interrompeu seriamente, os olhei brevemente e desci o olhar para minha mão, Freen sempre seria uma incógnita pra mim e eu nunca fui muito fã de mistério.

- Acho que está ficando tarde, querido, melhor irmos, certamente as duas querem descansar - Nadine disse a Richard.

- Sim, tem razão,

- Nós também já vamos, amanhã temos mais uma pessoa para entrevistar, jamais pensei que barrigas de aluguel fossem tão difíceis de arranjar - Nat disse pondo-se de pé, me levantei assim como Freen e os levamos até a porta.

- Obrigada pelo jantar, Rebecca, assim como o anterior estava perfeito - Nadine disse enquanto sorria, retribui o sorriso.

- Obrigada -:Ela limitou-se apenas a sorrir para Freen que estava ao meu lado.

Assim que todos se despediram, Freen me deu as costas seguindo para o andar de cima.

Sai do banheiro após um longo banho e me deitei na cama tranquilamente, estava cansada, passar o dia inteiro dedicado a duas garotas de oitos anos é mais do que cansativo do que aparenta ser.

Fechei meus olhos, não havia sono, apenas cansaço, nada além disso, o som da porta sendo aberta ecoou pouco depois, escutei o som dos saltos chocando-se contra o assoalho e logo o som foi cessado, aconcheguei-me melhor entre os finos lençóis e permitir-me relaxar os músculos tensos, teria muito trabalho na segunda, já que na quarta a revista finalmente iria as bancas dando-me paz, mesmo que pouca, enquanto outra não era lançada.

Fui desperta de meus pensamentos com o movimento da cama, mas não me movi, logo meu corpo foi submetido a um sono tranquilo..

Acordei com um movimento brusco feito na cama, abri os olhos a tempo de ver Freen adentrar o banheiro, não era a primeira vez que isso acontecia, me sentei na cama acendendo o abajur e em poucos minutos ela saiu assustando-se ao me ver.

- Tudo bem?

- Sim, volte a dormir - Disse ríspida.

- Deite aqui, farei o que sempre faço com as meninas quando elas tem pesadelos - Ignorei seu tom.

- Não sou suas filhas, Rebecca.

- Está tão assustada quanto elas, venha - Ela revirou os olhos, mas deitou, me deitei ao seu lado aproximando-se de seu corpo abraçando-a como jamais havia feito antes sentindo-a tensa.

Comecei a afagar seus fios castanhos enquanto cantarolava a mesma canção que cantarolava para as meninas desde que nasceram, Freen nada disse, apenas continuou com o corpo tenso até finalmente relaxar e eu perceber que ela havia dormido.

5.

Acordei sentindo o corpo descansado, olhei para o lado vendo Freen em um sono tranquilo, eu jamais havia lhe visto dormir levando em consideração que ela sempre saia antes de mim e jamais se deitava antes.

Analisei sua feição serena, os lábios entreabertos e a respiração tranquila, nem mesmo parecia a jovem mulher prepotente a qual me casei, meus olhos deslizaram automaticamente para seu pulso esquerdo exposto sobre o travesseiro, enquanto a direita estava embaixo dele, o que me chamou atenção além da inicial que havia ali foi a cicatriz que ela escondia, quem não a olhasse com atenção nem mesmo conseguiria nota-la, mesmo ela sendo uma grande cicatriz, ergui meu olhar ao escutar um longo suspiro e vi os olhos castanhos presos em mim.

- O que aconteceu com você, Freen? Perguntei em um sussurro.

- Tiraram meu coração - Sussurrou, um sussurro sofrego fazendo meu peito tornar-se minúsculo, eu havia lhe dito que ela tinha menos coração do que eu.

- Eles não conseguiram arrancar tudo, lembra?

- Esse pequeno pedaço não cresce mais - Lhe acariciei na bochecha sem desviar o olhar do seu e aproximei beijando-a nos lábios levemente, eu apenas queria beijá-la, nada mais, apenas beija-la.

Deslizei a mão até sua nuca sentindo-a tensionar então a afastei segurando seu rosto com calma.

- Confie em mim - Pedi contra seus lábios e voltei a beija-la.

Seus dedos apertaram minha cintura enquanto viramos na cama, lhe apertei nos braços sentindo seu beijo ter mais fúria, como se ela quisesse apenas esquecer o que vagava em sua mente, como se estivesse querendo perder o medo.

5.

Ergui meu corpo sentindo o tecido fino ser puxado para cima e deixei o gemido fugir quando sua coxa pressionou meu întimo, seus lábios devoraram seus seios fazendo-me sentir uma leve dor por sua força, toda minha pele ardia por sua intensidade, tudo em mim queimava como jamais antes.

Contrai o corpo ao sentir seus dentes contra minha virilha e me movi em busca de mais. contato, outro gemido escapou de meus lábios, mais forte e mais alto que antes quando seus lábios encontraram meu íntimo e sua língua deslizou por mim, e parou em meu clitóris pressionando-o, minhas coxas foram apertadas e eu ofeguei apertando suas mãos.

Me movi contra seus lábios em busca de mais contato como se fosse possível e senti seus dedos me penetrarem, meu ventre contraiu, meu ar se fez escasso, eu não aguentaria muito, não mais

-Freen - Consegui dizer quase sem voz, senti mais um dedo em mim, eles deslizavam com uma facilidade absurda.

Prendi meus dedos nos lençóis contraindo o corpo mais uma vez sentindo meu ponto sensível ser golpeado vezes seguidas sem a mínima pena e explodir em gozo sentindo o corpo trêmulo, e escorrer por seus dedos, fechei os olhos sentindo meu peito arfante tentar retornar o ritmo normal, mas parecia que ele jamais retornaria.

Senti um leve peso sobre meu corpo e abri os olhos encontrando o par de olhos castanhos me observando, seus lábios deslizaram sobre os meus lentamente depositando um breve beijo e em seguida levantou-se saindo do quarto.

Por conveniência - freenbecky Onde histórias criam vida. Descubra agora