❛ eu só peço a Deus um pouco de malandragem, pois sou criança e não conheço a verdade. eu sou poeta e não aprendi a amar ❜
malandragem, cássia ellerFazer amizades para mim nunca foi difícil. Eu sempre fui a criança extrovertida que incluía todos nas conversas e podia me adaptar, como um camaleão, em todos os grupos sociais. Óbvio, eu tinha melhores amigos, mas durante o início da minha adolescência eu acreditava que quanto mais amigos eu tinha, mais legal eu era.
Com amizades, vem decepções. Nos últimos anos não foram apenas algumas decepções. Desde o fim do meu ensino médio, acredito que tenho entendido o verdadeiro significado das amizades. As pessoas que tenho hoje, principalmente minhas três melhores amigas, são as únicas que eu confio verdadeiramente.
Isso não tira a minha vontade de conhecer novas pessoas, quando tenho a oportunidade. Não tenho desejo nenhum de sair de casa pra socializar, mas eu sei que quando saio, posso fazer novos laços.
Nessa manhã, eu decidi fazer uma parada na loja de roupas que Lu está trabalhando, que fica no nosso bairro. Meio sem ter o que fazer, e doida pra ser menos consciente e mais consumista. A loja era estilo espanhol mesmo, e passava a cara da cidade. Encontrei diversas roupas que me interessavam, e ainda troquei papos com a minha amiga.
— Você tem que ver as garotas daqui. Sabe as patys que a gente tem no Brasil? Aqui são as cayetanas. — Estamos sentadas na frente da loja, na calçada da rua, em um banco da rua, tomando sorvete de uma vendinha.
Escolhemos de pistache, já que estava experimentando coisas novas, e eu, particularmente, amei.
— Então elas são riquinhas e todas iguais?
— Eu fico abismada o quanto elas são iguais. Tão iguais que eu confundi uma delas esses dias atendendo. Passei a maior vergonha. — Ela começou a rir e eu acompanhei, imaginando uma garota como Luana em uma situação daquelas.
— É a sua cara passar por uma coisa dessas. — Volto a rir, negando com a cabeça, inclinando um pouco para frente, o que faz eu melar minha calça. — Merda.
— Isso é karma. — Lu ainda está rindo comigo.
— Credo, tá parecendo vômito. — Não conseguimos parar de rir.
No mesmo instante, uma criança loira aparece em nossa frente com a maior cara de pidona. Ele vestia uma camisa branca e shorts caqui, e tinha cachinhos que brilhavam com a luz do sol. Os olhos tão verdes que pareciam de um anjinho.
— Oi, tudo bem?
— Você tá perdido? — Lu pergunta a ele, que não sabia responder. Acho que na verdade ele não sabia falar nada, ou estava envergonhado demais pra isso.
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TROPICANA | JUDE BELLINGHAM
Fanfiction𝓐 𝗝𝗨𝗗𝗘 𝗕𝗘𝗟𝗟𝗜𝗡𝗚𝗛𝗔𝗠 𝗙𝗔𝗡𝗙𝗜𝗖𝗧𝗜𝗢𝗡 Onde ISABELLA conhece JUDE em uma festa qualquer, mas não está pronta para cair em seus encantos e na possibilidade de ser machucada, então irá fazer de tudo para enrolar o garoto até que ele des...