𝒗𝗶𝗻𝘁𝗲 𝒖𝗺. tiro ao alvaro

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❛ de tanto levar 'frechada do teu olhar, meu peito até parece sabe o que? 'taubua de tiro ao 'álvaro

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❛ de tanto levar 'frechada do teu olhar, meu peito até parece sabe o que? 'taubua de tiro ao 'álvaro. não tem mais onde furar ❜
tiro ao álvaro, elis regina












Estou usando uma camisa do Real Madrid com o sobrenome do meu amigo, já que eu e minhas quatro meninas passamos os 90 minutos anteriores torcendo para a Inglaterra, com salgadinhos, comentários sobre a energia dos jogadores e fofocas que eu descobri por Jude. Tinha aquela energia de Copa do Mundo, mas não se comprava a assistir o Brasil jogar.

Todas decidiram fazer uma noite de pizzas e eu, indo contra essa decisão por pura preguiça, decidi ficar de fora da produção e apenas ajudar na limpeza quando tudo acabasse. Estou sozinha na varanda, já que fiquei de ligar para Jude quando pudéssemos conversar, com uma garrafa de Ice na mão e um brilho de felicidade no olhar, mesmo que eu não fosse a maior fã de ligações.

Quando eu menos esperava, com apenas 13 minutos de jogo - com a expectativa de ter gols apenas no final do primeiro tempo ou do segundo - o camisa 10 da seleção inglesa fez um gol que agitou o momento e fez a Dora derrubar todo salgadinho no chão. A sujeira passou despercebida no momento de euforia. Felizmente, eles ganharam aquele jogo, mesmo que todo resto tenha sido um completo tédio ou mesmo que eu ficasse nervosa com cada iniciativa de ambos times.

De qualquer forma, ver Jude feliz por ter feito aquele gol, ter sido nomeado "homem da partida" e comemorar com um dos seus amigos mais próximos me deixava animada por ele. Durante toda essa semana que passamos distantes por muitos quilômetros, nos mantemos em contato quando podíamos, ainda mais com seus treinos excessivos. Eu admirava ele por tentar manter o máximo de conversa comigo, mostrava o esforço pra sustentar essa amizade.

Meu celular, que já estava descansado no sofá da varanda que eu me sentei, começa a vibrar e eu tenho certeza que é Jude quando viro a tela par mim e atendo a chamada.

— Adivinha quem é o melhor! — Um sorriso enorme preenchia seu rosto molhado - acredito que pelo banho - acompanhado por seu dedo indicador apontando para ele mesmo.

— Eu sou a melhor. — Brinco com ele, observando seu rosto desmanchar em risadas. — Mentira, você é. O que foi aquele gol?!

— Velho- — Ele começa mas se interrompe, apinhando o celular em alguma superfície, o que apenas mostrava o teto acima dele. Segundos depois ele volta, terminando de vestir um moletom. — Desculpa, tava me trocando. Enfim, eu fiquei louco com esse gol. Na verdade, olhando a jogada, eu pareço um louco. Eu pulei pra pegar aquela bola, Isabella.

— Eu vi! parecia um daqueles cachorros pegando um frisbee. Ou um pássaro. Quando eu pisquei, você tava voando, louco!

— Devo ter fodido ainda mais o meu ombro. — Faz uma carinha de quem aprontou alguma coisa errada.

— Bonito pra sua cara. — Resmungo com ele, sem pesar o clima. Na verdade, até esse momento, Jude não havia comentado sobre seu ombro machucado comigo. O que eu sabia, era por terceiros. — Mas está tudo bem?

TROPICANA   |   JUDE BELLINGHAMOnde histórias criam vida. Descubra agora