𝒗𝗶𝗻𝘁𝗲 𝒔𝗲𝗶𝘀. cabide

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❛ e se me virem sambando até de madrugada, e você for até lá? é que eu sambo direitinho, assim, bem miudinho

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❛ e se me virem sambando até de madrugada, e você for até lá? é que eu sambo direitinho, assim, bem miudinho. 'cê não sabe acompanhar. vou arrancar tua blusa e por no meu cabide, só pra pendurar. quero ver se você tem atitude, se vai encarar ❜
cabide, mart'nália









Acordei as 7 da noite depois da partida da Inglaterra contra Eslováquia, com uma comemoração repleta de vinho que me trouxe dor de cabeça, com adicional da noite passada, que também foi marcada pela quantidade de álcool que nós - meninas - ingerimos. Por mais que haja um silêncio sombrio na parte de cima da casa, com a maioria das garotas dormindo, descubro que não fui a primeira a levantar da cama, quando desço as escadas. Dora já estava de pé, fazendo o nosso café da manhã, na cozinha da casa, escutando um pagodinho.

— Bom dia, princesa. — Ela diz, com um sorriso doce e gentil, como sempre. Minha amiga está colocando café nas xícaras das meninas, enquanto eu viro 500 ml de água em alguns segundos.

— Bom dia.

— Você tá bem? — Ela quase solta uma risada. Sei que estou uma confusão, meu cabelo em um único nó e as marcas do travesseiro no meu rosto. Eu vi no espelho quando fiz minha skin care.

— Estou ótima. — Ironizo, sentando na banqueta da cozinha americana, observando a frigideira. — Tá fazendo comida?

— Uhum. Tô fazendo o seu ovo mexido primeiro. — Me admira muito que Dora tenha decorado como cada uma gosta, o que me faz sorrir nesse momento.

— Ok, eu vou deitar aqui por um instante.

Me debruço sobre a bancada, fechando os olhos como se a claridade da luz ficasse menor. Tenho consciência que hoje não terei a mínima disponibilidade para sair de casa porque estarei ocupada demais na hidromassagem. Chegamos cansadas após o jogo e caímos na cama para descansar por algumas horas. A música da Turma do Pagode preenche meus ouvidos, até que outro som chama atenção: Os passos rápidos de Alanis descendo as escadas de madeira.

Eu e Dora olhamos para a garota, que está com seu celular na mão e uma cara levemente assustada. Ela tenta disfarçar, mas agora está me encarando, o que deixa meu coração ainda mais disparado do que ficou pelo susto.

— Você já viu? — Ela pergunta.

— O que? — Revezo meu olhar com a cozinheira da vez, que está tão confusa quanto eu.

— Então 'cê não viu. — Ela afirma, ainda mais incomodada. Me sinto um peixe fora d'água agora.

— Então me mostra, ué!

— Tem certeza? — Ela sorri com desconforto.

— Me mostra, Alanis. — Peço, odiando a sensação de não fazer ideia do que está acontecendo.

— Olha a última postagem.

Ela me entrega o celular, e observo cada detalhe de informação que vejo na tela. O aplicativo era o Instagram, a conta de 1 milhão de seguidores se chama "WAGS do Futebol" - sigla para indicar namoradas e esposas de jogadores - que já me faz imaginar sobre o que seria aquilo. Abro a última postagem, que mostra três fotos de nós - garotas - abraçando Jude nas arquibancadas, onde a capa e a segunda era uma interação particular entre eu e ele.

TROPICANA   |   JUDE BELLINGHAMOnde histórias criam vida. Descubra agora