𝒅𝗲𝘇𝗲𝘀𝘀𝗲𝗶𝘀. eu te devoro

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❛ teus sinais me confundem da cabeça aos pés, mas por dentro eu te devoro

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❛ teus sinais me confundem da cabeça aos pés, mas por dentro eu te devoro. teu olhar não me diz exato quem tu és, mas por dentro eu te devoro. [...] sem contar os dias que me faz morrer, sem saber de ti, jogado a solidão. mas se quer saber se eu quero outra vida... não não. eu quero mesmo é viver pra esperar, esperar, devorar você ❜
eu te devoro, djavan

A sensação de estar estragando o clima seria pior do que não arranjar confusão, eu penso. Então logo após contar para meus amigos o motivo da minha felicidade não estar 100% nessa noite, digo que tudo vai ficar melhor com mais algumas bebidas e ignorar sua existência.

As meninas estavam tramando alguma coisa para que ele fosse expulso da festa, mas eu só queria que todos fingissem que ele nem se quer estava ali. Por isso, bebo mais uma ice - agora acompanhada de Jude e Vini - que tentavam ser os mais prestativos o possível.

Eu não queria que entendessem errado, que estou mal porque ainda possuo sentimentos positivos, mas não posso negar que as memórias ruins estragam o clima da festa. O que eu queria naquela noite, é que tudo fosse sobre os meninos. Eu sei o quanto lutaram para chegar onde chegaram, e eu só acompanhei um pouco da narrativa.

— O que você acha que pode te fazer melhor agora? — Jude, sempre atencioso, passa o dedo sobre minha bochecha.

— Tá sujo? — Pergunto, franzindo o cenho.

Ele nega, sorrindo.

— Eu acho que a gente pode dançar algumas músicas brasileiras até o chão, ensinar Jude o funk. Que tal? — Olho pra Vini, levemente envergonhada pelo momento anterior.

— Eu acho que Jude não sabe dançar e só um milagre vai transformar esse homem. — Ele dá mais um gole em sua bebida, dando um tapinha de leve na cintura dele.

— Vocês não sabem apreciar meu molejo, o problema não é meu. — Ele tenta demonstrar que tinha propriedade naquele assunto, mas não consegue segurar a seriedade por muito tempo.

Não quando temos Vinicius ao nosso redor, que dá risada até de uma mosca. E o melhor é que acompanhamos o seu riso porque é impossível não fazer. O brasileiro é certamente uma pessoa que traz alegria e energias positivas aos lugares que vai, e fico feliz de ter ficado ainda mais próxima dele.

— Você vai ter que provar essa sua qualidade toda na pista de dança. — Aponto para a pista de dança improvisada no jardim da casa, que ficava próxima do DJ. Em frente, sendo mais exata.

Naquele momento, pessoas pulavam com alguma música eletrônica.

— Impossível, vai cegar todo mundo. — Vini caçoa do amigo.

— Eu não quero humilhar ninguém. Humildade em primeiro lugar. — Responde.

— Já tô altinha o suficiente pra dançar, e vai negar isso agora? — Balanço a garrafa de vidro na minha mão, que já deveria ser a quarta, no fim. Nesse momento, olho com cara de pidona. Com bico e tudo.

TROPICANA   |   JUDE BELLINGHAMOnde histórias criam vida. Descubra agora