𝒅𝗲𝘇𝗲𝗻𝗼𝘃𝗲. acontecer naturalmente

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❛ você já disse que me quer, pra toda vida, eternidade

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❛ você já disse que me quer, pra toda vida, eternidade. quando está distante de mim, fica louco de saudade. que a razão do seu viver sou eu. está tudo bem eu acredito... eu não tô duvidando disso. é que eu tenho muito medo de me apaixonar, esse filme já passou na minha vida, e você tá me ajudando a superar, e eu não quero ser um mal na sua vida ❜
deixa acontecer naturalmente, grupo revelação



Minha mente estava quieta. Quieta porque eu havia tomado uma decisão mas precisava do pontapé pra fazer com que isso aconteça. Do jeito que eu sou, sei que só poderia ter essa coragem com um pingo de álcool no organismo e a distância entre nós bem menos que 2 horas de voo.

Ou talvez, com um pingo de álcool no corpo, compraria uma passagem para Alemanha.

Eu havia terminado meu banho há poucos minutos. Como queria me sentir super confortável nesse dia, escolhi por definir cada cacho do meu cabelo, usando um pijama de seda branco com gatos de laço. Já tinha cuidado da minha pele, do meu corpo, comido bem, estava me sentindo tão limpa - porque era o que fazia quando enfrentava momentos difíceis, esvaziando a cabeça, enquanto escutava Djavan.

A campainha tocou.

Eu sabia que todas as meninas estavam na sala, então não tinha razão para que eu saísse do banheiro. E era final de semana, então a maior possibilidade é que fosse algum pedido de delivery, ou o porteiro fofo velhinho indicando que tinha alguma mercadoria pra buscar na recepção. Permaneci cantarolando "Um Amor Puro", usando um difusor para secar meu cabelo com mais facilidade.

— Puta que pariu. — Alanis diz, na sala. Ela é a única que fala alguma coisa e isso me espanta por um segundo.

Caminho na direção a ela, passando um óleo no meu cabelo enquanto procurava entender a razão de não ter escutado vozes e só um xingamento da minha amiga. E como quem procura, acha, eu encontrei.

Um metro e noventa de altura, pele preta, boné para trás, uma camisa escura e uma calça moletom da mesma cor. Uma sacola branca de papel na mão, que não me importei de entender o que era, em frente a Dora, que fechava a porta atrás dele. Jude estava parado no nosso apartamento, cercado de olhares nossos, mas com todo o seu foco em mim. Aquela feição de quem implorava por algo igualmente a um cachorro pidão, sem dizer nada, onde o silêncio tomou conta do espaço por alguns segundos.

Lani, Dora e Lu me olham, como se quisessem alguma confirmação minha de que não precisavam expulsar o garoto do lugar. Afirmo com minha expressão pra elas, indicando que estava tudo bem. Um sorriso singelo e calmo, que parecia tranquiliza-las.

Com a cabeça, indico o quarto atrás de mim para Jude, já que nem consegui me locomover após atravessar a porta.

— Vamos. — Luana disse baixo, e todas vão em direção ao outro cômodo da frente, em silêncio.

TROPICANA   |   JUDE BELLINGHAMOnde histórias criam vida. Descubra agora