"E sem me dar conta, estava obcecado por ela, sem nem mesmo a conhecer. Mas a conhecer foi o suficiente para dobrar minha obsessão, me transformando em uma ameaça constante. (Não que eu já não fosse antes)."
Luke Foster começou a sonhar com Blair to...
Sinto meu sistema se despertando quando a sensação de algo que me lembra ao orgasmo me consome. Abro meus olhos, assustada, sinto minha respiração acelerada, e minha mente me força a tentar raciocinar o que houve, mas me sinto mais perdida que nunca.
Eu estava sonhando com ele. Ele. Droga, Blair...
Era tão real. Eu pude senti-lo, seu toque, sua voz. E é uma merda não conseguir convencer nem a mim mesma de que foi péssimo. Não, a sensação dos seus lábios quentes e molhados na minha pele foi como um vulcão prestes a entrar em erupção e tomar meu corpo todo por magma fervente. Sua mão em meu pescoço me apertando, seu dedo deslizando por meus lábios como se eu fosse sua... Porra, como tudo isso foi apenas um sonho erótico idiota?!
Sento meu tronco na cama e escovo meus cabelos para trás com meus dedos. Suspiro e olho para meus dedos, molhados. Ótimo, realmente era um orgasmo.
Arfo e então me dou por vencida. Levanto da cama e vou até o banheiro me limpar.
Quando piso no chão frígido, olho para a janela, e vejo as cortinas dançando conforme o vento, tonalidades brancas e azuis vindo da noite lá fora, e por alguma razão, sinto de ir até a mesma. Olho além da rua e da altura dos telhados das outras casas, e tudo está quieto, mas tenho uma sensação estranha. Como se alguém estivesse aqui. Como se ele estivesse.
Não, foi apenas um sonho inconveniente.
Quando fecho as janelas e pretendo partir dali, bato os olhos em umas gotas de água espalhadas pelo chão, em uma trilha. Sigo a trilha, e elas param no carpete que está moldurando minha cama.
Levanto o rosto e olho para a janela, tentando entender da onde elas vieram, mas então um trovão surge lá fora, refletindo em meu quarto. Me surpreendo um pouco, mas como um raio de memórias, recordo das sensações que tive, como se elas passassem na minha frente, tão vivas, me fazendo sentir um frio na barriga.
Não... Ele não estava aqui. Não, Blair, não estava.
Tento me convencer disso pra não surtar, porque já estava criando um triplex na minha cabeça.
Não é a primeira vez que tenho um sonho estranho desses. E com ele.
Já é a segunda vez, e não sei porque isso tem acontecido ultimamente, nem porque tem sido com ele.
Tudo bem que o que ele não tem de sutileza ele tem de uma beleza de outro mundo. Negar que ele é atraente pra caramba eu não posso. Parece que aquele cara foi moldado por deuses. Odeio a forma como seu charme age como um veneno em meu sangue e atrapalha meu sistema nervoso.
Vou ao banheiro e após, volto a me deitar. Dessa vez, nenhum sonho me atormenta.
06:45 AM
O despertador toca e eu acordo mais uma vez.
Uns 30 minutos depois já estou pronta para ir à faculdade.
Coloco um cropped de regata, branco, uma calça preta de alfaiataria, um cinto preto de fivela prata, um par de Vans clássicos nos pés, e uma bolsa preta de ombro como acompanhamento.
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