Cap 1// Passeio Surpresa

176 7 8
                                    

× Blair Carolyne ×

Infelizmente esse é o meu último dia livre, amanhã já tenho que voltar para a Universidade em que estudo.

Sinceramente, eu gosto de estudar, mas mal vejo a hora de finalmente acabar tudo e enfim sair daquela cova de filhinhos de mamãe e papai.

Só tem imbecil naquele lugar. E isso porque é uma das melhores Universidades dos EUA inteiro. É justamente por esse motivo que vão para lá os filhos dos mais ricos e esnobes deste fim de mundo. É um inferno. Ainda bem que tenho Emy para aturar tudo isso comigo. Eu seria mais mal humorada ainda do que eu já costumo ser todas as manhãs se estivesse lá, sem ela ao meu lado.

Sinto o sangue do meu corpo começar a se espalhar demais pela minha cabeça e a mesma começar a latejar. Parece que já deu de ficar de ponta cabeça por hoje.
Me viro de bruços no sofá, pegando pipocas em meu balde do Ghostface, as jogando na boca, enquanto converso com Emy em meu celular.

- Ei, Blair, pensa rápido! - escuto a voz do meu irmão do outro lado da sala, de repente, e não tenho nem tempo de olhar para o mesmo, porque vejo uma bola vindo pelos ares, em minha direção.

Desvio rapidamente e desajeitadamente da bola de EVA, me escondendo por baixo da vista do sofá. Bufo e pego uma almofada para jogar nele com força, quando vejo a bagunça que ele causou. Eu consegui desviar da bola por sorte, e agradeço a Deus que ainda era uma bola leve de vôlei, mas ela acabou batendo no balde de pipocas e as fez voar para todos os cantos.

- O que você tem na cabeça?! - exclamo, olhando para ele com raiva.

- Ei, calma. Nem foi pra tanto assim. - ele diz com um sorrisinho sacana nos lábios, segurando uma risada. Ele pega a almofada do chão em seguida, pela qual não o atingiu, e a joga de volta no sofá.

- Ah, não foi?! Deixa eu ver um negócio então. - digo, indo até ele em passos largos e rápidos. Ele sai correndo pelas escadas acima, rindo de desespero

- A mãe mandou avisar que é pra você se arrumar porque vamos sair. - ele fala, parando nas escadas, e é então onde percebo que esse Zé Mané só veio aqui com a função de me informar sobre isso, e na verdade, ficou me irritando para só depois de eu perder a minha paciência com ele, ele me informar sobre. Idiota.

- O que?! Pra onde vamos? - pergunto, um pouco surpresa.

- Eu não sei. Mas é melhor você se arrumar que nem gente. Vê se toma um banho, tá dando pra sentir a carniça daqui de cima já, namoral. - Henry diz e então volta a correr assim que eu pego o chinelo em meus pés para jogar nele.

- Infeliz. - falo, baixo, vendo que ele já foi para o seu quarto. Dou meia volta e volto para o sofá, tendo que catar a bagunça que aquele safado fez "não propositalmente".

Henry Williston Mitcalls é um garoto de 1,87 de altura, pele bronzeada e bochechas naturalmente coradas com algumas sardas, se destacando mais no nariz, pelas queimaduras que ele adquire sempre que vai à praia (e no caso ele vai sempre), olhos castanhos escuros e cabelos loiros também escuros, com um pouco de luzes; sempre bagunçados. Um dos maiores amores da sua vida é o surf. O segundo é seu carro, por mais que não pareça nem um pouco, pela forma que ele o trata.

Às vezes ele deixa o cabelo crescer demais, fazendo jus ao seu esporte, mas no final, sempre o corta. Porém, tenho o leve pressentimento que ele só o corta porque sofre pressão para isso, acho que ele o prefere comprido. Pelo lado bom, ele fica parecendo o Thor, deus do trovão. Pelo lado ruim, ele parece um mendigo.

Henry é três anos mais velho que eu, tendo 22 anos. Estuda na mesma Universidade que eu e é bem popular por lá (o oposto de mim), e é extremamente e constantemente desejado pelas mulheres. Ele é um pé no saco, resumindo, na minha língua.

Em Seus SonhosOnde histórias criam vida. Descubra agora