Cap 4.

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A caminho do restaurante vou olhando a paisagem pela janela, não conheço este lado da cidade, tudo parece tão novo. O caminho foi em silêncio, por mais que ele tivesse me sequestrado, sentia que Tom respeitava meu espaço, e estava esperando o meu tempo.
Chegamos ao local, era um restaurante italiano, Tom me deu a mão para me ajudar a sair do carro, entramos e sentamos em nossa mesa, a qual era em uma sala privada, tinha mais algumas cadeiras, então suspeitei que mais alguém chegaria, parece que Tom sabe ler minha mente e o que estou pensando.

Tom - Olha, vai vir uns caras aqui, preciso resolver algumas coisas, é coisa rápida, mas quero te orientar em algumas coisas, não aceite nada do que qualquer um deles te oferecer, não olhe nos olhos deles e principalmente, nada de conversa, entendido?

SN - Nossa, posso pelo menos respirar perto deles?

Tom- Se conseguir segurar a respiração prefiro. Depois de irem embora vamos jantar tranquilamente como um casal.

SN- Casal??????? Da onde você tirou que somos um casal????

Tom- Fica quieta, chegaram.

Meu sangue parece borbulhar quando ele mandar eu ficar quieta, eu até penso em responder, mas entra três homens na sala em que estávamos, todos de roupas pretas, tatuagens e segurando uma maleta, tento não ficar olhando muito, pareciam que tinham saído de um filme cheio de mafiosos.. perai, sinto minha ficha caindo, sera que Tom é um mafioso ? Meu deus, isso explica muita coisa! Mas calma talvez não seja. Enquanto minha cabeça entra em colapso, escuto como se fosse de longe Tom conversando com os caras, eles falam parece que em alemão, não consigo entender absolutamente nada, tento me concentrar para ver se entendo algo, mas disfarçadamente, até que eles abrem a maleta, meu coração foi a mil por hora, ali continha algumas armas, drogas que nem sei o nome e dinheiro, parecia que ia vomitar de tanto nervoso, quando um dos homens retira uma caixinha com um anel dentro.

Homem- Para você moça bonita!

Sinto os olhos de Tom se cerrando como se pudesse dar um tiro na cara daquele homem ali mesmo.

Tom - Ela não quer nenhum anel, obrigado.
Ele disse colocando as duas mãos em cima da mesa.

Homem- Me desculpe Sr. Tom, mas eu não perguntei nada a você, e sim a moça.
Ele continua com a caixinha do anel virada para mim, sinto que cada vez mais que vou vomitar, minha cabeça fica pesada, apressadamente me viro para Tom, mas tentando falar com a voz suave.

SN- Tom, preciso ir ao banheiro, com licença.
Digo fazendo um sinal com a cabeça e saindo o mais rápido dali.

Quando cheguei ao banheiro me tranco e começo a chorar, entro em desespero e decido que preciso ir embora dali, não sei quanto tempo estou nesse banheiro, não sei se aqueles caras foram embora, eu preciso ir embora. Abro a porta devagar e vou em direção a porta de saída, acho estranho ninguém vir atrás, acho que estavam ocupados demais discutindo quem matar ou não agora.
Não faço ideia de onde estou, esses sapatos estão me matando, e não paro de chorar desde que sai do restaurante, vejo um banquinho em uma pracinha e resolvo sentar um pouco, um carro para em minha frente, era o carro em que eu e Tom fomos ao restaurante, é claro que ele estava me seguindo. O motorista desce do carro e vem até mim.

SN- Vai me fazer desmaiar e me colocar dentro do carro para me levar para o patrãozinho de vocês como fizeram da primeira vez?

Motorista- Só se a senhora tentar fugir, caso ao contrario só recebi ordens para segui-la e mante-la em segurança.

SN- E cade o Tom?

Motorista- Olha, o Sr. Kaulitz não nos da explicações, só pediu para acompanha-la, mas falou que sabia que a senhora precisava tomar um ar, por isso não mandou os seguranças a pegarem e levarem a força. Porém me enviou para leva-la para a mansão quando quiser.

SN- Nossa que cavalheiro ele. Só me deixa um pouco sozinha ta legal? Ja vou para o carro.

Fico mais um pouco naquele banco, sinto um vento frio bater, e decido ir para o carro.

SN- Me leva embora, por favor.

Parece que chegou mais rápido do que fomos, quando entro na casa estão todos na sala comemorando algo, escuto alguém me chamar, mas finjo que não escutei e subo para meu quarto, tiro aquele vestido e vou direto tomar um banho, encho a banheira e entro, minha cabeça esta um turbilhão, só queria fazer ela ficar quieta, então mergulho, quando sinto que estou quase afogando levanto, saio do banheiro, e coloco um pijama, parece que o dia foi tão longo, deito e nem percebo o quão rápido peguei no sono.

TOM KAULITZ - OBSESSÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora