Cap. 24

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Os dias que antes da nossa viagem foram de pura expectativa. Tom e eu estávamos ansiosos para escapar um pouco disso tudo e ter tempo só para nós dois, o que estava um pouco difícil. Enquanto fazíamos as malas, eu não conseguia afastar a sensação de que havia algo mais que Tom não estava me contando, mas decidi não questionar por enquanto. Queria aproveitar cada momento dessa viagem e sabia no fundo sabia que se descobrisse algo, iria acabar totalmente com a viagem.

Na manhã da nossa partida, o céu estava limpo e o ar fresco.

Bill- Aproveitem pombinhos! Tomaremos conta das coisas por aqui.

Sn- Pode deixar Bill.

Bill- Sn, me dei a liberdade de averiguar sua mala e coloquei uma coisinha extra que tinha certeza que não estava levando.

Sn- O que?

Bill- Quando você abrir ela vai descobrir, agora vão! Beijoss.

Tom- Sn, vai indo pro carro, preciso falar com Bill.

Vou para o carro e espero Tom, que não demora muito. Assim que ele entra no carro parecia mais relaxado do que eu o havia visto em semanas, e isso me deu esperança de que a viagem realmente seria uma boa e de que era só coisa da minha cabeça. Entramos no carro e fomos. A paisagem mudava lentamente para uma região montanhosa coberta de neve. As montanhas eram majestosas, com os picos cobertos de neve brilhando sob o sol.

Tom- É incrível não é?

Sn- Muito! Eu nunca vi nada parecido com isso.

A estrada cheia de curvas nos levou até uma cabana aconchegante, aninhada no coração das montanhas e bem escondida. A cabana era tudo o que eu havia sonhado: rústica, mas com todas as comodidades modernas, uma lareira acolhedora e uma vista deslumbrante das montanhas.

Sn- Meu deus, parece aquelas casas de filme.

Depois que chegamos e descemos nossas malas, decidimos dar uma volta pelo local. Caminhamos pela neve, fazemos um boneco de neve e rimos juntos. Era como se o peso do mundo tivesse sido tirado dos nossos ombros e nada ali fosse tirar nossa paz. E sentia que eu e Tom estávamos mais conectados do que nunca, aproveitando cada momento juntos como se fosse o ultimo. Tom estava mais carinhoso e atencioso como nunca.

Sn- Nunca tinha conhecido a neve sabia?

Tom- Como não?

Sn- Tom, eu era uma menina do interior, a única coisa branca que eu conhecia era o leite das vacas, la nunca chegou a nevar.

Tom- Sabe o que é mais legal da neve?

Sn- Não

Tom- Guerra de bolas de neve.

Antes que eu pudesse ter qualquer reação Tom pega um monte de neve fazendo uma bola e jogando em mim.

Sn- Tom!

Faço o mesmo e iniciamos uma pequena guerra.

Sn- AI!
Finjo que uma das bolas doeu.

Tom- Machucou?

Assim que ele chega perto o empurro fazendo-o cair sobre a neve, ele se agarra em meu braço fazendo com que eu caia por cima dele. O olho e começamos a dar risada.

Sn- Ai, minha barriga tá doendo de tanto rir.

Tom- A minha também.

Paramos por um momento deitado naquele lugar gelado e nos olhamos. Os olhos dele brilhavam como uma estrela, mas no fundo eu via alguma preocupação.

Tom- Vamos entrar, não quero que fique doente no primeiro dia.

Ele me ajuda a levantar e a sacudir o restante de neve de nossas roupas.

TOM KAULITZ - OBSESSÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora