Cap. 14

230 20 39
                                    

Não sei que horas são, nem quanto dormi, tento recapitular o que aconteceu na noite passada para ver se era verdade ou somente mais um sono, mas assim que chego no banheiro vejo meu pijama ainda um pouco molhado, fazendo crer que realmente tive que cuidar de Tom bebado. Hoje o tempo deu uma reviravolta e esta até que friozinho. Faço minhas higienes, coloco uma roupa quente e saio do quarto, dando de topo com Carls.

Sn- Meu deus, eu ainda não acostumei em ter uma muralha me seguindo.

Carl- Bom dia senhorita.

Sn- Bom dia.

Dou de ombros e desço direto para cozinha, onde ja avisto Flora.

Sn- Bom dia Florinha.

Flora- Bom dia meu bem. Acordou tarde hoje, já estava preocupada e indo vê-la.

Sn- Foi uma noite longa, tive que cuidar de Tom, acredita que ele chegou bebinho e veio me pedindo desculpa?

Flora- Seus olhos brilham quando fala do Sr. Tom sabia?

Sn- Que? Só se for de raiva né Flora.

Flora- Só não esqueça que raiva já é um tipo de sentimento, podendo dar entradas para outros também. A senhora deveria se abrir mais.

Não respondo Flora, apenas dou de ombros, pego um copo d'água e saio da cozinha. Percebo que a casa está muito quieta e vou atrás dos meninos, olhando quarto por quarto, mas nada deles. Volto para cozinha para perguntar para Flora se eles tinham saido.

Flora- Sim, todos eles, acho que aconteceu alguma coisa, saíram as pressas e pareciam nervosos.

Dou de ombros e decido ir para a sala assistir algo, não passa muito tempo e escuto o barulho do carro de Tom chegando, e posso escutar ele gritando com alguém.

Tom- Levem esse verme para o quintal.

Maldita hora que decido ser curiosa, corro para o quintal para ver o que estava acontecendo e vejo um cara sendo arrastado por um dos seguranças para dentro daquela portinha que tinha no quintal, logo atrás dele vinha Georg, Gustav, Bill e por ultimo Tom, conseguia ver que tinha algumas manchas de sangue em sua roupa, mas acredito que não era dele. Percebo que ele me vê mas me ignora, pois entra nesse porão fechando a porta com força. Sento em uma das cadeiras que tinha lá fora e fico esperando alguém sair, passasse horas e horas e nada.

Flora - Menina, vem comer algo, quando eles entram ai demoram horas.

Sn- O que tem lá Flora?
Falo sem tirar o olho daquela porta.

Flora- Não sei, e não me atrevo a perguntar, ja vi muita gente entrando mas nunca saindo.

Sn- Você sabe o que eles fazem né

Flora- Sei Sn, mas prefiro não me envolver em nada, depois de uma idade quando menos a gente souber melhor, mas quando me contrataram me avisaram. Agora vem comer que saco vazio não para em pé.

Dou uma leve risada com a ultima frase da mais velha, mas a obedeço. Como um pedaço de torta que Flora havia feito e vou para a sala assistir algo, não tinha muito o que eu fazer, como estava um dia frio. Assisto alguns episódios da minha serie favorita quando escuto passos pesados chegando perto da escada, a qual era ao lado da sala, era Tom, todo sujo de sangue e com uma feição nada feliz.

Sn- Tom.

Vou atrás do mesmo que fingiu que não me escutou.

Sn- Tom, esse sangue é sei? Você ta machucado?

Tom- Não.
E continuou seguindo para seu quarto.

Sn- Tom, da para parar 1 minuto e falar comig....
Ele bate a porta na minha cara.

TOM KAULITZ - OBSESSÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora