Amo Um Garoto

-9- Noite de Autógrafos

  
    Eu suspirei, alisando a foto e  me assustei com a Lola...

Lola - Eu sabia !!! Kkkk (Gritou sorrindo)

Eu - Sabia o quê? Não viaja amiga...

Lola - Alec, para amigo. Tá na sua cara...

Eu -  Do que você está falando, garota? Parece maluca chegar assim gritando. Me assustou, sabia???

Lola - Amigo vem cá... Senta aqui comigo...

Eu - Eu estou ocupado Lola... Não dá pra ter nenhum tipo de conversa com você agora, e...

Lola - Você vai falar pra ele? Ou vai vai ficar aí sofrendo e suspirando por uma foto?

Eu - Ãn! Falar o quê? Pra quem? Do que você está falando?

Lola - Horas, do Fábio. De quem mais seria?
Eu - Não tenho nada pra falar pra ele que você já não saiba!

Lola - E por um acaso ele já sabe que você está gostando dele?

Eu - (Me engasguei tossindo)  Você endoidou de vez?

Lola - Assim você ofende a mim e a minha inteligência... Magoou...

     Lola faz cara de choro e acabei lhe confessando tudo que sinto pelo Fabinho. Ela super me apoia e diz que nunca mais me deixaria sozinho com seus boys. E eu achei até engraçado pois o Fabinho foi o único homem a despertar esses interesses em mim. Há algo nele que me faxina.

     Eu ainda sentia receio em não ter certeza se ele era ou não gay. E o pior não era saber sua real sexualidade. E sim, saber se ele me queria.

     A Lola conseguiu me convencer de quê
     Ele era gay sim e que com certeza estava doido por mim. Mas a minha insegurança era grande, eu tinha medo e não entrava em minha cabeça que um homem formado no auge de seus 40 anos iria querer e muito menos sentir algo por um moleque de 19 anos.

      A Lola me convenceu a me arrumar como se tivesse indo uma festa de gala. Pois nesta noite seria o lançamento do seu décimo livro. E eu não poderia perder a oportunidade de prestigiar o meu amor.

POR FABINHO

      O Cléber estava me enlouquecendo, ao tentar me ajudar a escolher uma roupa para vestir nesta noite especial. Eu já vi o vestido todas as peças do meu guarda-roupa e nenhuma foi boa o suficiente para agradar a nós dois. Quando uma me agradava desagradava ele e assim vice-versa.

       Chegou a hora de sentar à mesa para dar autógrafo. Eu já havia feito palestras e contado o resumo do livro sem muitos spoilers.
      Confesso que eu estava muito desanimado, mesmo com tantos autógrafos. Creio que já tinha assinado mais de 100 livros. Porém nem durante a palestra e apresentação do livro e muito menos agora na fila de autógrafos eu não  havia visto o Alec ou a Lola, ou, algum dos amigos barulhentos dele. Aquilo estava me corroendo por dentro. Ele era a única pessoa que eu queria que estivesse ali.

    De repente sente uma fisgada na minha costela do lado direito. E percebo que foram o Cléber me dando uma cotovelada na intenção de me fazer virar para a direita na e ver a entrada principal do salão. Doeu bastante chegou a me faltar o ar, mas, foi aí que o vi.

     Meu Deus que homem lindo, como pode existir tanto a perfeição em um único ser humano. Estava maravilhoso naquele terno preto, cabelo bem alinhado acompanhado da Lola com um vestido longo vermelho. Se eu não soubesse que ela era a melhor amiga dele, teria ficado com ciúmes pois aos olhos da sociedade formavam um casal perfeito. Ele é um verdadeiro príncipe e ela é uma verdadeira lady.

      O salão inteiro parou para olhar para mesma direção que eu estava congelado olhando. Não tive outra reação a não ser admirar tamanha beleza. Quando ele percebeu, o meu olhar soltou o sorriso mais lindo deste mundo. E nada me restou a não ser sorrir de volta.

     O casal se aproximou da minha mesa e sem cerimônias a Lola me puxou para um abraço demorado, isso surrou em meu ouvido.

Lola - Parabéns meu amigo. Livro maravilhoso, pelo que pude notar da sua palestra. Irei comprar um exemplar ainda hoje e trarei para você fazer uma dedicatória exclusivamente para mim.

Eu - Fico sem palavras para agradecer o seu carinho.

Lola - Pois, não é para mim que você tem que agradecer e sim para o Alec.

Eu - Sério? Mas por quê para ele e para você não???

Alec - Não dê atenção a ela. Já se acha a última bolacha do pacote.

Lola - A última não, meu bem. Talvez a do meio, pois a primeira e a última estão sempre isfarofada.

     Todos rimos do comentário da Lola. Até que, o Cléber pergunta o porquê  dela ter ido a sessão de autógrafo somente por conta do Alec. Se instalou um silêncio, repreendi o Cléber com um olhar severo, mas por dentro eu estava mais curioso do que todos ali presentes, para ouvir a tal explicação.

Alec - A Lola é muito exagerada...

Eu - Não  sei o que dizer. A não ser agradecer a presença dos dois aqui hoje.

Lola - Que exagerada o que amigo! Fala a verdade que ou você viria ver o Fabinho ou morreria se não viesse.

Alec - Lola, você pode parar. Está constrangido o Fábio e o pior a mim também.

Eu - Bom, vou terminar essa fila de autógrafos e poderei dar atenção a vocês ...  Serei só seu. ( Piscando o olho na direção deles)

    Virei as costas, me sentei na poltrona e voltei a dar autógrafo aos meus fãs que já estavam a tempo demais esperando pela minha atenção. Foram muitas fotos e também autógrafo, mas por volta da meia-noite consegui ficar livre e fui em direção à mesa onde meus amigos estavam me esperar.

POR ALEC...

    Eu quase infarto quando vi aquele homem maravilhoso parar de dar autógrafo para me observar entrar de mãos dadas com a Lola naquele salão.
     Aliás, a Lola é muito intrometida, pois ela agarrou meu braço e me puxou até a sessão de autógrafos e interrompeu o trabalho do meu autor favorito. 
     Ainda teve a cara de pau, a maior cinedez de quase me entregar ali na frente de todos para o Fabinho. Mas, nos saímos bem e ele teve que voltar a sessão de autógrafo. E a forma que ele se despediu da gente nos dando uma pisca dela de olho fez meu corpo inteiro tremer. Me envia obrigado a me apoiar no corpo da Lola. Que ao perceber minha reação me puxou discretamente para uma mesa na qual o Kleber foi nos fazer companhia enquanto esperávamos pela companhia do Fabinho. E eu como sempre mais ansioso do que eles juntos.

      Finalmente ele pode chegar até a nossa mesa...

CONTINUA...

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