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EMMA CONWAY

Terminei de colocar a blusa de Mia em seu corpinho, o seu olhar atento a mim como se eu fosse a coisa mais importante da sua vida neste momento. Sorri para ela começando a arrumar o seu cabelo liso em um coque para não atrapalha-la e a pequena sorriu de volta para mim, as mãozinhas juntas em cima do seu colo.

— Você está linda — avisei assim que acabei de prender.

— Igual a você, titia Emy — passou a mão pelo cabelo devagarzinho.

Sim, estávamos parecidas. Quando fui na minha casa tomar banho, voltei com um short preto molinho, uma blusa florida rosa e o cabelo preso em um coque meio desleixado, então, quando fui escolher a roupinha dessa criancinha fofa, Mia me pediu para colocar uma igual a minha e foi isso que eu fiz.

— Banho tomado, pacotinho? — James entrou no quarto da sua filha, chamando a nossa atenção e fazendo a pequena levantar rápido e correr até ele.

Os olhos do homem percorreu a roupa da filha e depois a minha. Fez isso umas três vezes parecendo querer realmente ter a certeza de que estávamos com a roupa combinado.

E também notei que Mia já não se importava de ser chamada pelo apelido na minha frente como era antes de realmente me conhecer e começar a passar um tempo comigo.

— Irei fazer o jantar — falou e usaria isso como a minha deixa para poder ir para a casa, mas antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, olhou para mim e continuou: — Quer jantar conosco?

— Claro que quer, não quer, titia Emy? — pediu, os olhos brilhando com a expectativa de me ter para poder comer junto deles.

Como eu recusaria com ela me olhando com os olhos de cachorro abandonado? Essa criança é simplesmente irresistível, igual ao pai.

— É claro que eu fico — ela sorriu e James fez o mesmo, parecendo contente também em ter a minha companhia.

Sabia que tínhamos que conversar, que eu tinha que contar o que estava me fazendo ficar estranha e eu queria saber também o que o fez me ignorar em alguns momentos enquanto estávamos na ilha.

— Quer ajuda? — perguntei, parando ao seu lado com Mia no colo, depois que viemos para a cozinha grande, espaçosa e moderna que a casa deles tinha.

Ele negou com a cabeça.

— Não preciso, quero fazer o jantar hoje, tudo bem? — perguntou. — Acho que te devo isso por você ter feito aquele na sua casa e agradecer por me ajudar com a Mia.

— Não precisa agradecer. E aquele jantar não conta. Você me ajudou com ele — brinquei com um pano de prato que estava pendurado em um prendedor.

— Mas você fez a maioria — rebateu, começando a pegar os ingredientes e colocando na ilha. — Por isso, irei retribuir.

— Não foi nenhum favor — murmurei.

Prendeu seus olhos nos meus.
— Não disse que era.

Assenti, um pequeno sorriso despontado na minha boca.

— Titia Emy você sabia que eu aplendi a escleve o meu nome sozinha? — Mia contou de repente, fazendo eu transferir minha atenção para ela.

Escolha CertaOnde histórias criam vida. Descubra agora