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JAMES GRIFFIN

Honestamente, eu não sabia qual tinha sido a última vez em que tinha me divertido tanto assim. Fazia tempos que eu não patinava, a última vez tinha sido com a Valerin, antes mesmo da Melissa nascer, mas agradecia mentalmente por não ter perdido o jeito.

Ficar junto de Emma aqui, patinando de bobeira, era a minha mais nova felicidade. Me sentia um bobão apenas ao olhar para ela e vê-la sorrir e leve daquela forma.

Já tinha perdido a noção do tempo, mas não me importava nenhum pouco em ficar horas e horas com essa mulher ao meu lado, apenas conversando sobre a nossa vida, fazendo piadinhas, trocar carícias, dar as mãos e nos tocar sem pretenção, já que não conseguimos manter as mãos longe um do outro.

Rimos e patinamos mais um pouco, fizemos uma competição de quem conseguia ir mais rápido de um lado para o outro, rodamos e foi maravilhoso. Quando cansamos, vi que já estava no horário da nossa próxima para parada, então saímos da pista.

— Para onde vamos agora? — Emma perguntou, retirando os patins sentada ao meu lado.

— Está com fome? — lancei outra pergunta.

— Muita — falou, rindo um pouco. — Patinar da muita fome.

— Ótimo — terminei de colocar meus tênis, ficando de pé. — Vamos a um lugar, encher a sua barriguinha e a minha, é claro.

— Hmmm... E eu posso saber aonde fica? — se levantou também, segurando o meu braço enquanto saímos da arena.

Soltei uma risada nasalada.
— Você consegue ser mais curiosa do que a Melissa, amor.

— Não tenho culpa de ser uma pessoa naturalmente curiosa e ansiosa — rebateu e eu abri a porta do carro quando chegamos até ele. Ela se sentou no banco do carona.

— Vamos apenas almoçar em um restaurante, mas nem adianta insistir, não direi a próxima parada depois dele — avisei, prendendo o seu cinto de segurança e ficando contente por ver a sua pele arrepiada com a nossa aproximação.

Me afastei depois de dar um beijo no topo da sua cabeça e pude ver pelo vidro ela me olhar com as bochechas coradas enquanto eu dava a volta no carro e me acomodava atrás do volante.

— Então, você escolheu algum restaurante aleatório ou tem algum motivo especial? — ela perguntou quando entramos em uma das avenidas de Los Angeles.

— Na verdade, ele é um dos meus restaurantes favoritos. Eu era um cliente regular há alguns anos e acabei virando amigo do dono. Fazia um tempo que não ia até la, achei que era uma boa oportunidade para voltar a frequentar. E como gosto de manter uma dieta saudável, é uma boa escolha. Antes de conhecer, era difícil encontrar um lugar bom com uma qualidade aceitável, então quando achei esse, vinha quase todos os dias, exceto quando tinha que fazer a minha própria comida.

— Uau — ela disse depois do meu monólogo, soltando uma risadinha. — Depois desse discurso fiquei ainda mais curiosa para experimentar as especiarias desse restaurante.

— Tenho certeza de que irá gostar, amor — disse, olhando-a de relance antes de entrar em uma rua.

— E sobre fazer a sua própria comida, foi assim que aprendeu a cozinhar? — perguntou e podia sentir o seu olhar em mim.

Escolha CertaOnde histórias criam vida. Descubra agora