Chapter Fourteen

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ELE ERA FRACO, NÃO CONSEGUIA RESISTIR.

— Regulus — sussurrou James, e quando Regulus pôs as mãos em seu peito, afastando-o, ele permitiu. E era tão insuportável, ele não queria, realmente não queria se afastar de James, mas já estava... Deus, ele já estava comprometido, seu casamento seria em um mês.

— Não podemos fazer isso — ele travou. Nem mesmo sua voz estava o ajudando naquele momento. — Não está certo. — disse tão baixo quanto um sussurro.

— Regulus. — disse ele novamente, seus dedos tocaram o queixo de Regulus, e só então ele notara que em nenhum momento desde que o afastara, não havia olhado em seu rosto. Talvez por vergonha? Ou medo? Ele não saberia dizer. Apenas não conseguia olhá-lo. — Por favor, apenas deixe-me escolta-lo até seu quarto.

— Não! — disse tão alto que se deteve, engolindo em seco desconfortavelmente. — Não posso permitir. Não posso arriscar. — disse, permitindo que seus olhos se encontrassem finalmente com os seus.

E fora um erro.

A maneira como James havia olhado para ele... O olhar de James era sério, mas havia mais. Uma certa suavidade, um toque de ternura e... Havia outra coisa, mas Regulus não soubera dizer o quê. Era como se ele estivesse o vendo pela primeira vez.

E Deus, essa era a parte no qual Regulus não podia suportar, e ele não sabia nem por quê. Talvez fosse porque ele estava olhando para ele. Talvez fosse porque aquela expressão era tão James. Ou talvez fossem as duas coisas.

Talvez isso não tivesse importância, mas de algum modo, aquilo o aterrorizava.

— Não serei dissuadido. — falou James. — Sua segurança é minha prioridade.

Regulus se perguntou o que havia acontecido com o homem ligeiramente embriagado com quem estivera conversando minutos antes. Em seu lugar estava alguém completamente diferente, uma pessoa responsável.

Regulus queria rir.

— Meu quarto não é longe. — Disse Regulus, fazendo uma última tentativa. — Não precisa mesmo me acompanhar.

— Bem, então o levarei até a escada.

Regulus sabia que não adiantaria discutir. James não iria ceder. Sua voz estava calma, mas havia algo nela que Regulus não tinha certeza de já ter ouvido antes.

— Ficarei lá até que chegue em seu quarto.

— James, isso não é necessário.

James o ignorou.

— Bata três vezes quando chegar lá. — Regulus abrira a boca para dizer algo, mas James o impediu. — Se eu não ouvir suas batidas, subirei até lá para ver com meus próprios olhos que você está bem.

James cruzou os braços e, ao encara-lo, Regulus se perguntou se ele seria o mesmo homem se tivessem se conhecido em uma outra ocasião. James é o amigo de infância de Sirius, caso ele tivesse voltado para Londres antes, Regulus teria se apaixonado por ele como agora? E James... James teria se apaixonado por ele também?

Mas, ainda assim...

Regulus.

Ele engoliu em seco e cessou os dentes, odiando ter de admitir para si mesmo que havia se apaixonado.

— Certo. — falou, a contragosto. — Se quiser me ouvir bater, é melhor subir até o alto da escada.

James assentiu, e seguiu Regulus até saírem da sala, eles seguiram em silêncio até a escada de vinte e dois degraus.

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