Chapter One

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JAMES ACHA QUE teria de ser um grande idiota para não acreditar no amor. Tendo em vista que;

Seus pais se apaixonaram no início da juventude e fora o amor mais lindo que já viveram, até infelizmente, Fleamont falecer subitamente. Mas sua mãe ainda o amava, e amaria eternamente.

Seu melhor amigo, Sirius, encontrou o amor da sua vida em uma ida à biblioteca com uma de suas primas, Andrômeda.
Suas amigas Marlene e Dorcas haviam se conhecido em um dos bailes da família Potter e agora estão noivas.

E embora seja difícil de acreditar, até mesmo Peter havia encontrado uma moça por quem se apaixonou e hoje estão casados e esperando o primeiro filho.

Todos. Absolutamente todos próximos de James estavam apaixonados e com seus respectivos companheiros.

Então...

Como ele poderia não acreditar no amor?

Para alguns homens da classe alta de Londres, esse tipo de coisa causava-lhes ânsia. Mas para James que nasceu em meio ao amor incomparável de Fleamont e Euphemia.

Era impossível não acreditar no óbvio que estava bem à sua frente.

O amor existia.

E não era uma completa invenção da imaginação, desenhada para evitar que os poetas morressem de fome. Poderia ser algo que não se podia ver, cheirar ou tocar, mas estava ali. Ele sentia que era só questão de tempo até que ele também encontrasse a mulher que o faria feliz, que o faria sentir-se como se estivesse no céu sem sequer toca-lo. Sabia que assim que encontrasse a pessoa certa, ela o faria rir sem precisar se esforçar para tal coisa. Sabia que ela faria seu coração bater rápido o bastante a ponto dele pensar estar tendo um ataque.

Ele sabia que a pessoa certa para ele o faria sentir-se no paraíso.

Ele saberia quem era a pessoa certa assim que a visse.

James não sabe como iria saber que era a mulher certa para ele, ele apenas sabia que saberia.

— James! — ouviu a voz inconfundível de Remus. — Potter voltou a si e virou-se para Lupin. O castanho tinha seus braços cruzados enquanto sua sobrancelha era mantida levantada.

Isso nunca era um bom sinal vindo de Remus.

— Perdoe-me por interromper seus pensamentos desta maneira, James. — disse Remus em uma voz seca. — Mas por um acaso, você ouviu as coisas que acabei de lhe dizer?

— Negligência. — repetiu James, com sua voz grave enquanto assente com o que julgava ser um bom gesto. — Preocupação.

— Sua mãe está preocupada com você. Está sendo negligente a sua vida.

— Mamãe mandou-lhe aqui, presumo eu.

— Sim. Mas não é com isso que tem que se preocupar, James.

— É claro. — murmurou James, não por estar chateado com as preocupações de sua mãe em relação a ele. Ou por Remus ter vindo dar-lhe uma lição de moral.

Não.

Era porque estava com fome. James não havia comido nada desde a noite anterior e desde o momento em que ouviu dos criados que a sogra de Remus estava no jardim da mansão Potter ajudando Euphemia na pequena confraternização para organizar o casamento de Dorcas e Marlene, James sentia vontade de deixar Lupin falar sozinho e ir até o jardim apenas para comer os sanduíches que sua mãe costumava fazer para as confraternizações.

— Deve mudar sua vida. — continuou Remus. Pelo seu próprio bem.

— Claro. — James sentia que poderia comer cinquenta daqueles pequenos sanduíches.

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