— MARY, EU ADORO VOCÊ — falou. — Você sabe. Mãe, também adoro a senhora. Mas agora vou deixá-las.
— James, espere! — gritou Euphemia.
Ele virou. Devia saber que não seria tão fácil.
— Você seria meu acompanhante?
— Onde?
— Ora, no casamento, é claro.
Deus, o que era aquele gosto horrível em sua boca?
— No casamento de quem? De Regulus?
Sua mãe o observava com os mais inocentes olhos castanhos.
— Eu não gostaria de ir sozinha.
Ele acenou com a cabeça na direção da irmã.
— Leve Mary.
— Ela vai querer ir com Reginald.
Fazia alguns anos que Mary tinha se casado com Reginald Cattermole. James gostava imensamente dele e os dois tinham se tornado ótimos amigos. Por isso, sabia que Reginald preferiria fazer qualquer coisa a participar de um evento social longo e arrastado.
No entanto, Mary, como ela não se importava de dizer, estava sempre interessada em uma fofoca, o que significava que com certeza detestaria perder um casamento tão importante. Alguém sem dúvida beberia demais, alguém dançaria muito próximo de seu pai, e Mary odiaria ser a última a saber das coisas.
— James? — instigou Euphemia.
— Eu não vou.
— Mas...
— Eu não fui convidado.
— Um equívoco, sem dúvida. Que será corrigido, tenho certeza, depois de seus esforços esta noite.
— Mamãe — ele suspirou —, eu adoraria transmitir meus votos de facilidade ao Sr. Black, mas não tenho a menor vontade de assistir ao casamento dele ou de mais ninguém. São sentimentais demais.
Silêncio. O que nunca era um bom sinal.
Ele olhou para Mary. Ela o encarava com os olhos arregalados.
— Você gosta de casamentos — disse ela.
James resmungou. Parecia a melhor reação.
— Gosta, sim — insistiu a irmã. — No meu casamento, você...
— Mary, você é minha irmã. É diferente.
— Sim, mas você também foi ao casamento de Alice Longbottom, e eu me lembro bem...
James virou de costas para ela antes que a irmã pudesse falar mais sobre sua felicidade.
— Mãe — disse ele —, obrigado pelo convite, mas não tenho intenção alguma de ir ao casamento de Regulus Black.
Euphemia abriu a boca como se fosse fazer uma pergunta, mas desistiu.
— Muito bem — falou, simplesmente.
Na mesma hora, James ficou desconfiado. Sua mãe não costumava desistir de nada com facilidade. Mas procurar saber quais eram seus motivos eliminaria qualquer possibilidade de uma fuga rápida.
Não foi uma decisão difícil.
— E agora, adieu às duas — falou.
— Aonde você vai? — quis saber Mary. — E por quê está falando francês? E desde quando você sabe francês?
Ele olhou para a mãe.
— Ela é toda sua.
— Sim — disse Euphemia, suspirando. — Eu sei.
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More Than Friends, starchaser
FanficAo contrário de algumas pessoas, James Fleamont Potter sempre acreditou no amor. Não podia ser diferente: sua mãe ainda continuava amando Fleamont mesmo depois da morte de seu marido e seus melhores amigos também já se encontravam casados e felizes...