13.

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ESTAVAM NO QUARTO da casa de Jennie, dois corpos nus sobre a enorme cama de latão, o ato de amor ardente refletido em uma dúzia de espelhos, nas paredes e no teto. 
Lisa se encontrava por cima dela, comprimindo-a com todo o seu peso, o pau enfiado bem fundo, os quadris arremetendo com toda força. A língua de Lisa passou pelo ombro, alcançando o pescoço, depois desceu para o sulco fundo entre os seios. Os lábios se fecharam sobre um mamilo, sugando-o. 
Ela se contorcia por baixo de Lisa, perdida na carnalidade bruta e pura do sexo que faziam. Arqueou as costas e comprimiu o seio contra a boca de Lisa, soltando um grito estridente quando os dentes morderam com força o mamilo. 

As pernas de Jennie estavam bem abertas, encurvadas, os tornozelos trançando as costas de Lisa, como uma fivela de cinto. Suas mãos se contraíam em garras, as unhas vermelhas se cravando e rasgando a pele nas costas de Lisa, deixando trilhas sangrentas. Quanto mais forte ela arremetia, mais profundos eram os cortes, mas a dor e o prazer se misturavam, zumbindo como uma droga em seu cérebro a mil. O sangue escorria pelas costas e, em filetes quentes e salgados, manchavam os lençóis brancos. 
Ela saiu de debaixo de Lisa, virou de barriga para baixo, oferecendo-se a ela.

Lisa estendeu as mãos, levantou-a pelos quadris. Ajoelhou-se por trás, beijou-a nas costas, a língua descendo pela espinha. E depois ela tornou a arremeter, e Jennie se contraiu, enquanto a penetrava. 
Depois, Jennie montou em cima dela, inclinando-se para seu rosto, a língua entrando em sua boca. Estendeu os braços de Lisa para cima da cabeça, os seios balançando sobre o rosto no movimento. De debaixo de um dos travesseiros, ela tirou uma echarpe branca de seda, suspendendo-a sobre o rosto dela, a provocá-la, desafiando-a a se submeter a um jogo que podia terminar em morte ou êxtase. 
Os olhos de Jennie indagaram; os olhos dela responderam. Ela acenou com a cabeça, começou a amarrar as mãos dela na armação de latão da cama, com alguma folga, mas bem firme. Passou a língua pelos lábios, saboreando a impotência de Lisa. Por um momento, ela sentiu uma mistura inebriante de medo e euforia. Jennie deslizou para baixo, por cima dela, parecendo atraí-la para suas profundezas, compulsoriamente. 
Ela inclinou a cabeça para trás, empinando os seios. Lisa se projetou em sua direção, erguendo os quadris ao máximo que podia. E de repente eles gozaram juntos. Ela respirou fundo, inclinou-se para a frente, sobre os peitos de Lisa, os cabelos caindo sobre o rosto dela, um dossel dourado que envolvia as duas. Lisa pôde sentir o corpo de Jennie estremecendo de prazer, tremendo com o delírio que a fazia vibrar toda. 

Na calada da noite, silenciosa e escura, ela despertou. Não havia qualquer som, e a única claridade vinha da rua, refletindo-se de modo interminável nos espelhos. Ela virou-se para o lado da cama, ficou sentada ali por um momento, de cabeça baixa, como um animal exausto. Passou a mão pelas costas, sentindo a carne dolorida, as crostas de sangue ressequido. Jennie estava enroscada, mergulhada no sono. Lisa esticou-se, depois se levantou, seguindo pelo caos do quarto até o banheiro. 
A luz intensa no banheiro atingiu Lisa como um golpe de um martelo. Parecia pálida e tensa, a pele em torno dos olhos flácida e amarelada. 

-Essa não! - murmurou ela, para o seu reflexo. 

A água da torneira era fria e revigorante. Ela molhou o rosto e os cabelos emaranhados de suor, e no mesmo instante sentiu que o cérebro desanuviava um pouco. Foi nesse instante que uma voz por trás dele declarou, suavemente: 

-Se você não a deixar em paz, eu vou matá-la. 

O tom sugeria que Roxy falava sério. Lisa olhou para o reflexo dela no espelho por cima da pia. 

-Diga-me uma coisa, Roxy, de Mulher para mulher. - Ela virou-se para fitá-la; e Roxy nem mesmo se deu ao trabalho de baixar os olhos para seus órgãos genitais. - Não acha que ela é a foda do século? 

Atração Fatal | JENLISA G!POnde histórias criam vida. Descubra agora